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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Carvalho, Cristina dos Santos"
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- ItemO apagamento do -R em posição de coda silábica : há influência da fala na escrita discente?(2013-08-01) Ribeiro, Lorena Nascimento de Souza; Carvalho, Cristina dos Santos; Mota, Jacyra Andrade; Lopes, Norma da SilvaDiversos fenômenos de variação linguística presentes na fala, transpostos para as produções escritas de alunos, têm sido colocados indistintamente como erros de cunho ortográfico em muitas salas de aula. Esta realidade motiva o presente estudo, haja vista a necessidade de trabalhos que sirvam de norte para práticas docentes mais situadas no universo multifacetado da nossa língua. Neste trabalho, é apresentado, à luz da Sociolinguística Laboviana, um estudo dos usos dos róticos em 192 produções escritas de alunos de ensino básico (5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio) das redes pública e privada de ensino na cidade de Salvador. Concebendo a língua como fruto das interações sociais, o estudo aqui realizado pretende verificar o papel dos fatores sociais no fenômeno investigado, sobretudo o papel do grupo social escolar no processo de aquisição da modalidade escrita da língua, por vezes, divergente da modalidade oral do aluno. Ademais visa analisar como os contextos linguísticos favorecedores da variação na fala estão presentes no apagamento do R em posição de coda na escrita desses alunos, observando desta forma como a fala pode influenciar a escrita. Para tanto, foram controladas três variáveis sociais (escolaridade, gênero/sexo e rede de ensino) e oito variáveis linguísticas (gênero textual, extensão do vocábulo, contexto precedente, contexto subsequente, modo de articulação do segmento subsequente, ponto de articulação do segmento subsequente, sonoridade do do segmento subsequente, classe morfológica do vocábulo). Os resultados revelaram que, na escrita, o fenômeno é pouco presente e, à medida que o aluno avança nas séries do ensino básico, a manutenção dos róticos em posição de coda silábica é mais recorrente, evidenciando, deste modo, o papel decisivo da escola como lugar de manutenção do padrão linguístico.
- ItemO fenômeno de redução da partícula não no português falado na cidade de Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2014) Ferreira, Naiara de Souza; Carvalho, Cristina dos Santos; Lopes, Norma da Silva; Rodrigues , Angélica Terezinha CarmoEste trabalho investiga o fenômeno da redução da partícula negativa não em posição pré verbal, que se realiza na sua forma plena [nãw] ou através das suas variantes reduzidas [‘nũ], [‘nu] e [n’]. Como objetivo geral, pretende-se analisar, quantitativa e qualitativamente, esse fenômeno linguístico variável nas falas culta e popular de Salvador, a partir da atuação de fatores linguísticos e sociais. O aporte teórico é, primeiramente, o da sociolinguística variacionista nos moldes em que é desenvolvida por Labov (1966, 2008 [1972]). Esta pesquisa se fundamenta ainda no funcionalismo, mais especificamente, na abordagem da gramaticalização (HOPPER, 1991; HOPPER; TRAUGOTT, 1993, 2003; MARTELOTTA; VOTRE; CEZÁRIO, 1996, dentre outros). Do ponto de vista da metodologia adotada, seguem-se os pressupostos da sociolinguística variacionista. Os corpora utilizados nesta pesquisa constam de dezoito inquéritos linguísticos integrantes de diferentes bancos de dados: doze do Programa de Estudos do Português Popular de Salvador (PEPP) e seis do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta no Brasil (NURC). Os resultados quantitativos evidenciaram que: (a) a foma reduzida [‘nũ] é a mais realizada entre as quatro variantes registradas na pesquisa; (b) dentre os fatores considerados, foram selecionados, em ordem de relevância, como estatisticamente significativos para análise do fenômeno da redução do não a escolaridade, a faixa etária, o tipo de estrutura negativa, o ambiente fonético, o sexo/gênero, o tipo de frase, a posição do sujeito da oração em que se encontra o item negativo e o tipo de complemento verbal; (c) pensando-se em uma trajetória de gramaticalização, os itens [‘nũ] e [‘nu] têm se comportado como clíticos e a forma [n’] como afixo nas estruturas negativas; (d) o ambiente com verbo iniciado por vogal e a estrutura de dupla negação constituem os contextos motivadores da gramaticalização do clítico em afixo. Assim, constata-se, empiricamente, que existe um processo de redução da partícula não em posição pré-verbal atuante na negação no português brasileiro (PB) e, mais especificamente, na fala soteropolitana. Tal redução tem sido associada à emergência de padrões negativos alternativos do PB e/ou ao processo de gramaticalização (CAVALCANTE, 2007; CUNHA, 1996