Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Profissional) em Educação e Diversidades (MPED) - Jacobina por Orientador "Salvadori, Juliana Cristina"
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- ItemAdequação postural como tecnologia assistiva (TA) em Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE): contribuições para educação especial(2019) Gomes, Inglis Araújo da Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Bião, Menilde AraújoEste trabalho objetiva compreender o uso da adequação postural como recurso da Tecnologia Assistiva na educação especial, com a colaboração do profissional Fisioterapeuta inserido na equipe multiprofissional no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), na região do Piemont da Chapada Diamantina, de modo a auxiliar nas práticas educativas dos profissionais da educação especial e, logo, na melhora das condições para a aprendizagem de alunos com deficiência. Consideramos o processo de inclusão educacional de pessoas com deficiência física, intelectual e múltipla no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) da APAE Jacobina pela singularidade do lócus: CAEE, em instituição especializada, em colaboração com a equipe multiprofissional (Fonoaudióloga, Psicóloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional e Assistente Social) vinculada ao Centro de Reabilitação (CER II) implantado na instituição em 2017. A investigação pautou-se nos pressupostos da abordagem qualitativa e tendo como método o estudo de caso, realizado no CAEE/APAE com os profissionais da equipe multiprofissional (professores, coordenação e auxiliar de coordenação) e os alunos que, após avaliação, necessitassem do recurso de adequação postural. Os dispositivos para geração de dados foram análise documental, entrevista semi-estruturada, grupo focal e avaliação fisioterapia e para análise dos dados análise de conteúdo de Bardin (2016). Considerando a revisão de literatura sobre esse tema os resultados apontaram que a intervenção do fisioterapeuta no ambiente escolar promove melhoras cognitivas e motoras; auxilia os professores nos desafios das práticas inclusivas; melhora a qualidade de vida de cuidadores de criança com deficiência; promove a saúde no ambiente escolar, na atuação com crianças em condições crônicas, podendo utilizar recursos como o uso da tecnologia assistiva, de forma interdisciplinar, para auxiliar na inclusão educacional de alunos com deficiência. Os resultados dessa pesquisa corroboram com os resultados da revisão sistemática, sendo um tema pouco explorado, porém através dos dados coletados percebi que a colaboração do profissional Fisioterapeuta no CAEE, foi importante para a utilização dos recursos de adequação postural, bem como a utilização desses recursos é de fundamental importância para o processo de aprendizagem do aluno com deficiência e por fim a importância do diálogo entre os profissionais que atuam na saúde e educação na área da educação especial foi de fundamental importância para problematizar a lógica clínica do atendimento tanto educacional quanto terapêutico das pessoas com deficiência, tendo em vista uma nova lógica que é desenvolver a funcionalidade das pessoas com deficiência através dos postulados da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Como produto de intervenção, propormos a implantação de uma oficina de Tecnologia Assistiva para confecção dos recursos de adequação postural que possam ser utilizados pela equipe multiprofissional tanto no AEE da APAE Jacobina quanto em outros AEE bem como nas salas de aula regulares.
- ItemBordado-narrativa da/na formação de professoras: (des)fazimentos(UNEB, 2024-05-29) Mendes, Naiane Rocha; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosário dos; Fernandi, Kyria Rebeca Neiva de LimaO presente memorial formativo interroga o currículo de formação de professores no Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia, tomando o atravessamento com as diversidades, em especial com as deficiências como ponto de partida. Essa escrita reflexiva borda as experiências da autora na formação inicial e na formação continuada de professores a partir de cenas narrativas. Ancora-se no paradigma epistemológico pós-crítico numa perspectiva qualitativa e interventiva, elegendo a pesquisa-(form)ação narrativa/narração como método. Como procedimento de análise produziram-se, a partir dos dispositivos de pesquisa, análises narrativas sob a égide dos desfazimentos. Parte-se da questão suleadora - Como a deficiência tem atravessado o currículo da formação de professores? - para se declarar os objetivos: 1) Partilhar narrativas, conversas e vivências atravessadas pela deficiência tomada como diversidade na formação de professores e 2) Rebordar práticas inclusivas na formação de professores atravessada pelo acolhimento da deficiência. A análise dos dados aponta para a potência das co-autorias, do diálogo com a comunidade externa e sua participação nas formações, bem como dos grupos e das ações de pesquisa e extensão que vem atravessando os meus processos formativos pela auto, eco e heteroformação. Esse movimento de fazer pesquisa com o outro acompanha a autora desde a graduação como pesquisadora do Programa Afirmativa (PROAF), se desdobrando em espaços formativos promovidos pela pesquisa e pela extensão que esgarçam o currículo abrindo espaço para a inclusão e diversidade. Além dessas potências, a análise aponta a pouca efetivação das políticas de acessibilidade e inclusão no DCH-IV Jacobina, a ausência da comunidade acadêmica nas formações ofertadas, a falta de adesão docente nas propostas de formação sobre acessibilidade e práticas pedagógicas, a desresponsabilização e terceirização dos estudantes com deficiência para os núcleos de apoio, salas especializadas e mediadores, a invisibilidade do estudante com deficiência na universidade e na educação básica, o desfazimento do presencial bordando práticas pedagógicas híbridas, a dificuldade do coletivo para registrar e compartilhar narrativas e a articulação entre graduação e pós-graduação como movimento potente de adensar e interrogar a formação. Como contribuições e encaminhamentos a partir do campo e seus desdobramentos, destacamos as produções dos memoriais de formação pelas co-autorias, graduação e pós-graduação, a continuidade das propostas de extensão pelas redes colaborativas e a proposta de se criar formas de circular o material produzido pelo Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) para além das publicações acadêmicas buscando construir um repositório online composto com narrativas, práticas e experiências das praticantes que vão bordando o processo formativo dessa pesquisa e de outras pesquisas do grupo pela dimensão (auto)formativa.
- ItemCon-vivências: redes colaborativas para inclusão(2021) Novaes, Ivone Machado de; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lucia Gomes da; Lima, Jamille Da Silva; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueO presente texto dissertativo é resultado de um estudo investigativo que, por meio do dispositivo círculo de Con-vivências, analisou o potencial do diálogo entre mães dos estudantes da sala de recurso multifuncional (SRM) com a comunidade escolar para construção de redes colaborativas para inclusão e práticas inclusivas na rede municipal de João Dourado- BA. A pesquisa deu centralidade à vivência das participantes com a inclusão dos seus filhos e filhas ou estudantes no âmbito escolar da rede municipal da cidade de João Dourado e visou à construção compartilhada de práticas educativas inclusivas, formando assim, redes colaborativas para inclusão. Para subsidiar teoricamente a ótica da vivência como marca do ser no mundo, com sua subjetividade, singularidades e introspecção, tomamos como paradigma e método a fenomenologia com base em Merleau-Ponty (1999), tendo o círculo de Con-vivências, inspirado no círculo de cultura freiriano, como dispositivo de construção e análise de dados, bem como de intervenção. A investigação apontou que a inclusão ainda é processual no município, que as mães estão envolvidas e disponíveis a dialogar sobre inclusão tanto com a escola como com a comunidade, a fim de promover essas redes. Dentre as possibilidades que emergiram do processo da pesquisa, as que mais evidenciaram as narrativas das participantes foram: Reformulação das práticas educativas dos/as docentes para o reconhecimento e prática da inclusão, através da formação em exercício; Realização de parceria e redes colaborativas, onde a família e a escola possam dialogar sobre inclusão. Fomentar parceria, ou seja, formar uma rede colaborativa mais ampla, entre a secretaria de Educação, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social. As falas das participantes, mães e professores, indicam estratégias para tecer um processo de inclusão referenciado em suas vivências partilhadas, e propõe redes colaborativas em que se apoiem e fortaleçam os cuidados à pessoa com deficiência, como também a construção de redes colaborativas entre o Atendimento Educacional Especializado, Escola Regular de Ensino e Família da/do estudante com deficiência. A participação nesta pesquisa foi integralmente materna, de forma estruturante, apontado necessidade de fortalecer o vínculo entre mulheres e pensar práticas pedagógicas fundadas no cuidado bem como problematizar políticas públicas para este público, ponto limite da pesquisa, que aponta para futuro estudos. A pesquisa contribuiu para levantar reflexões a cerca da construção e manutenção de redes colaborativas que fortaleçam o processo de inclusão do estudante com deficiência na rede municipal de educação do município de João Dourado- BA.
- ItemConcepções e práticas de cuidado em Jacobina-BA: pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), famílias e equipes multiprofissionais de saúde(2021) Marques, Denise Vasconcelos Moreira; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Mello, Sandra Maria FerrazO Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido pauta de estudos acadêmicos no Brasil nas áreas de Saúde e Educação e, dentre os interesses de pesquisa, destaca-se a descrição do espectro a partir de critérios clínicos com ênfase nos déficits de comunicação e interação social, comportamentos repetitivos ou restritos, sensibilidade sensorial, entre outros aspectos diagnósticos. Para além, a literatura sinaliza a necessidade de se implantar ações de assistência pública às pessoas com o TEA, embasadas em práticas de cuidado. No âmbito da Odontologia, campo de atuação da pesquisadora, emergem desafios na prestação de serviço ao público, sobretudo, no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), situado na cidade de JacobinaBA. Nesta pesquisa, os desafios são tomados como inquietações frente às práticas realizadas pelos/as profissionais atuantes na atenção básica (Estratégias de Saúde da Família-ESF) e de média complexidade (CEO). O objetivo geral deste estudo foi compreender como são realizadas as práticas de cuidado nos espaços multiprofissionais de saúde, assim como, os impactos dessas ações na vida de pessoas com o TEA no município de Jacobina-BA. Além disso, teve como objetivos específicos: 1) Mapear as equipes multiprofissionais de saúde, de baixa e média complexidade do município de Jacobina, que atuam na atenção às pessoas com o TEA; 2) Identificar e registrar as práticas de cuidado desenvolvidas pelos/as profissionais, nos centros colaborativos de saúde, no atendimento ao referido público. A ação investigativa teve como lócus o CEO e como participantes 11 servidoras públicas. Como delineamento metodológico, o estudo inspirou-se na abordagem qualitativa e no paradigma crítico, tomando como método a pesquisa participante. Para a construção dos dados foram utilizados os seguintes dispositivos: análise documental, observação participante, diários de campo e círculos focalizados – inspirados nos círculos de cultura de Paulo Freire. Os círculos focalizados serviram, ainda, como dispositivo de intervenção e análise de dados. Em função da pandemia da COVID-19, os círculos focalizados ocorreram de forma online, e essa adaptação gerou desafios à promoção do processo coletivo direcionado à ação-reflexão-ação das participantes, mas promoveu ganhos quanto à adesão, participação e interação de todas. As categorias teóricas e de análise, construídas ao longo da pesquisa, são: políticas públicas de saúde e o SUS; equipes multiprofissionais de saúde e práticas de cuidado. Os resultados, a partir das narrativas das participantes nos círculos focalizados, apontaram que as práticas de cuidado para esse público precisam ser reavaliadas, ressignificadas e reestruturadas de modo coletivo. Apontaram, também, a precariedade no atendimento às pessoas com o TEA e suas famílias/cuidadoras, devido à ausência de equipes multiprofissionais atuantes nas instituições de baixa e média complexidade. Quanto às práticas de cuidado, embora existentes, são realizadas de forma pontual, sinalizando a ausência de ações integralizadas, por parte das equipes multiprofissionais. Esse quadro se desenha, em parte, devido às concepções que fundam as práticas de cuidado se pautarem no modelo curativista e caritativo-assistencialista, ampliando, desse modo, a exclusão social e a invisibilidade das demandas deste público, abrindo espaço para identificação das profissionais com o sofrimento das cuidadoras e do sentimento de falta de possibilidades e ações para atender devidamente essas pessoas. A partir dos resultados, recomenda-se a alteração e ampliação de ações nos serviços de saúde voltados para a inclusão das pessoas com o TEA e para suas famílias/suas cuidadoras, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma acolhedora, humanizada e multidisciplinar, especialmente, nas ESF e no CEO. Dentre as dificuldades para ampliar as práticas de cuidado no SUS, está a necessidade de construir um plano de ação/diretrizes, em parceria com as equipes multiprofissionais, e, dentre essas diretrizes, um Documento Referencial Educativo, direcionado às práticas de cuidado para pessoas com o TEA nos espaços de saúde do município. Essa construção de diretrizes a partir da escuta das equipes é necessária para ampliar o debate sobre pautas da diversidade, e implantar efetivamente uma rede de atenção integrada para o atendimento desse público, reafirmando, assim, o compromisso ético da pesquisadora, das participantes, do serviço e da saúde pública brasileira para o desenvolvimento de um trabalho mais humanizado nos espaços público de saúde.
- ItemDiálogo intersetorial, educação, saúde e assistência social sobre a queixa escolar na rede municipal de Serrolândia-Ba(2020) Lima, Juliana Mota; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Pimentel, Susana CoutoEsta pesquisa vincula-se à linha de pesquisa Cultura escolar, docência e diversidade, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas, Campus IV. As queixas escolares apresentamse como demandas frequentes na área da Psicologia Escolar e englobam problemas comportamentais, emocionais e familiares. A literatura sobre o tema e a experiência profissional destacam, entre encaminhamentos para queixa, práticas clínicas, embasadas na lógica da medicalização, para superar os problemas existentes no contexto escolar. Deste modo, levantou-se a questão: Como as queixas escolares se apresentam na rede municipal (educação, saúde e assistência social) de Serrolândia-BA e quais têm sido os encaminhamentos? Dentre os objetivos, delineou-se: Identificar os desafios enfrentados com os discentes que apresentam queixa escolar; Analisar as fragilidades e potencialidades do modelo de atendimento às queixas escolares desenvolvido pelos profissionais da escola; Propor a construção de oficinas formativas para abordar concepções inclusivas para lidar com as demandas referentes a queixa escolar. A metodologia dessa pesquisa caracteriza-se pela abordagem qualitativa (CRESWELL, 2010) e tem como método o Estudo de Caso, a partir de YIN (2014), e a Análise de Conteúdo, com base em Bardin (2016) para tratar os dados de campo. Com o intuito de compreender a queixa escolar em diferentes perspectivas, os participantes foram professores da rede educacional que atuam no ensino fundamental I, gestores (coordenador, diretor e vice diretor), além dos profissionais da equipe multiprofissional, que atuam no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), considerando que estes acompanham os alunos da rede municipal de educação, saúde e assistência social, tendo como critério para inclusão a livre adesão dos mesmos. Para a construção de dados, foram propostos como dispositivos a Entrevista semiestruturada e Diário de Campo. Verifica-se que os objetivos propostos foram alcançados através dos dispositivos utilizados e a análise dos dados em campo foi embasada nas seguintes categorias: Queixa escolar, Inclusão educacional e Intersetorialidade. A discussão dos dados pautada na inclusão educacional contribuiu para problematizar as diferenças, considerando os preconceitos vivenciados pelos alunos que não se enquadram nos padrões de normatividade valorizados, o que foi destacado nas intervenções que aconteceram no ambiente escolar. Os resultados dessa pesquisa apontam que ao serem questionados sobre a queixa escolar, indicando os desafios que indicam a necessidade de auxilio de outros profissionais, os colaboradores da educação sinalizaram: indisciplina/problemas de comportamento, dificuldade de aprendizagem e problemas familiares, o que corrobora com os dados apresentados na literatura referentes aos motivos frequentes de encaminhamentos. E ao falar sobre os desafios para lidar com a queixa escolar os profissionais da saúde e assistência social apontam a quantidade insuficiente de profissionais e o modelo biomédico, o que contribui para a discussão de acordo com a intersetorialidade, através da discussão histórica da valorização do modelo biomédico com ênfase na doença e da avaliação fragmentada do indivíduo.
- ItemDireitos humanos e educação antirracista em espaço de educação não formal: interrelações(2021-12-06) Oliveira, Jane Clezia Batista de Sá; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante; Lima, Jamille da Silva; Sabino, Pedro Augusto Lopes; Oliveira, Ilzver de MatosO presente trabalho de pesquisa tece relação entre duas áreas das Ciências Humanas, o Direito e a Educação, pela perspectiva da educação como direito fundamental, direito humano, e pela perspectiva da educação antirracista, compreendendo a educação como espaço de conquista de outros direitos humanos. Desse modo, considerando que o processo educacional não se limita a espaços escolares, e que outros espaços educativos compartilham o compromisso social e ético de produzir experiências que valorizam práticas solidárias, as quais atendem diferentes necessidades humanas, a educação antirracista funciona como um processo em que se constrói o conhecimento necessário para a transformação da realidade, no contexto da diversidade. Nesse diapasão, visando responder “como os espaços não formal, podem, por meio de práticas educativas embasadas nos princípios de direitos humanos, fomentar a educação antirracista?” bem como ampliar o debate acerca dos diretos humanos nesses espaços, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender o papel de espaço de educação não formal na construção de práticas educativas voltadas para a educação antirracista. No tocante ao desenho metodológico, a abordagem é qualitativa, ancorada no paradigma decolonial, tendo como método a pesquisa investigação – ação –participante (com base no conceito de Fals Borda), se utilizando do dispositivo de pesquisa, intervenção e análise, o círculo virtual temático, inspirado nos Círculos de Cultura de Paulo Freire, no qual o diálogo horizontalizado é fundamental pois fundado na tensão dialética entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular. Como dispositivo de construção de dados também teremos a análise documental. Como resultado da pesquisa construímos o presente Relatório de Pesquisa, no qual intervenções e contribuições do campo, as vivências, experiências e denúncias das participantes referentes a situações de racismo serviram de fortalecimento para fomentar o debate acerca de direitos humanos e educação antirracista. Ademais, a formação da pesquisadora e dos participantes da pesquisa restou evidenciado ao longo das intervenções no campo. A análise demonstrou a existência de racismo estrutural no lócus da pesquisa, bem como a necessidade diária de “aprender a desaprender, e aprender a reaprender”, como exercício diário e constante na luta pela educação antirracista. Com a pesquisa, construímos, a partir das experiências, registro e memória que informam estratégias, programas e pedagogias a serem compartilhados com outros atores sociais, chamando-os a sua responsabilidade social sobre as práticas de educação em direitos humanos e educação antirracista.
- ItemA educação em perspectiva inclusiva: implicações discursivas na construção da educação de surdos em uma escola pública estadual de Jacobina/BA(2018) Santos Neto, Daniel Neves do ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Bastos, Edinalma Rosa; Begron, Desirée De VitEsta pesquisa buscou compreender como os discursos presentes no contexto educacional de perspectiva inclusiva relacionam-se com as práticas na educação de estudantes surdos/as. A investigação foi realizada a partir dos pressupostos teóricos, metodológicos e epistemológicos das pesquisas do tipo qualitativa, cuja trajetória investigativa foi percorrida tendo como inspiração os princípios da pesquisa-ação colaborativa. Este trabalho foi desenvolvido em uma escola pública estadual da cidade de Jacobina-Bahia que atende estudantes surdos/as no noturno. Participaram do estudo um/a representante da equipe gestora, três intérpretes de Libras/Língua portuguesa, cinco docentes e três estudantes surdos/as. Para a construção dos dados, foram utilizadas observações não-participantes, entrevistas individuais semiestruturadas, análise documental do Projeto Político Pedagógico da instituição e a tertúlia dialógica móvel por meio do aplicativo Whatsapp. Os dados construídos foram analisados tendo como inspiração as teorias dos estudos da educação inclusiva, da educação de surdos/as e da Análise do Discurso (AD) propostas por Brandão (2014), Orlandi (2000) e Foucault (2014), cujo enfoque esteve direcionado para os interdiscursos, formações discursivas e para os efeitos de sentidos presentes nas enunciações e na relação entre os ditos e os implícitos da linguagem. Essa pesquisa possibilitou constatar a presença de diversos discursos que evidenciam disputas de saberes e que se registram em práticas que tendem a invisibilizar e silenciar as diferenças surdas, marcadas pelas tensões emergentes do encontro da Libras com a língua portuguesa no espaço escolar. A avaliação, na realidade investigada, se constitui na dimensão da prática pedagógica mais resistente à adaptação para o contexto da inclusão, pois ainda apresenta um perfil que desconsidera as diferenças da pessoa surda. É marcada também nos discursos, de forma abstrata, a necessidade de se avaliar e de se ensinar a partir de metodologias visuais, muito embora nas práticas ainda sejam evidenciadas resistências quanto à sua concretização. Os discursos são centrados na ausência de audição da pessoa surda e se deslocam para outras faltas no interior da escola. Por fim, durante toda a trajetória investigativa, a retomada discursiva ao/à profissional intérprete de Libras foi fundante em várias enunciações, sendo este/a o/a profissional constituído/a nos discursos como o/a principal responsável pela promoção da acessibilidade à pessoa surda na escola comum. As constatações desta pesquisa se encaminharam para a construção de propostas de intervenções formativas cujos desdobramentos foram direcionados para a formação de um grupo de estudos e para a oferta de um curso de extensão em educação de surdos/as.
- ItemEducação inclusiva e seus impactos nas práticas pedagógicas na rede municipal de Jacobina/BA: estudo colaborativo na Escola Professor Carlos Gomes da Silva(2016-07-27) Carvalho, Ana Lúcia Oliveira Freitas ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antonio Hammes deO objetivo desse estudo consistiu em procurar compreender como as novas demandas postas à escola pública de ensino regular no que tange ao acolhimento da diversidade e sua inclusão, particularmente de alunos com necessidades educacionais especiais, tem impactado na cultura escolar do ensino regular, particularmente nas práticas pedagógicas dos professores da rede municipal de Jacobina, da escola Professor Carlos Gomes da Silva, de modo a proceder ao acompanhamento das políticas públicas para a inclusão e propor atividades para formação continuada de professores e outros profissionais, considerando o modelo de inclusão do coensino em diálogo com o atendimento educacional especializado (AEE). O estudo contou com a colaboração de nove participantes (sete professoras, a coordenadora pedagógica e a diretora escolar) do lócus escolhido. O entrelaçamento entre teoria e prática pautaram nossos argumentos sobre a ressignificação do conceito de práticas pedagógicas e da necessidade de se pensar na reformulação destas visando torná-las mais próximas do que se almeja para que o sistema educacional efetive, com qualidade, a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) nas classes comuns do ensino fundamental, principalmente. A íntima relação entre as práticas pedagógicas e a formação docente nos levou a adotar, em compartilhamento de ideias com as colaboradoras do estudo, a formação continuada em serviço aos profissionais da escola no espaço tempo das atividades complementares (AC) como lugar privilegiado para a prática reflexiva, a ressignificação do planejamento e a aproximação entre as professoras do AEE e das classes comuns. A metodologia que nos embasou foi de aplicação prática, baseada nos pressupostos da pesquisa qualitativa descritiva e exploratória, da pesquisa-ação colaborativa e adotamos a análise de conteúdo para o tratamento dos dados. Os instrumentos e técnicas de pesquisa adotados foram a observação das estruturas da escola, principalmente a sala de aula, questionário, entrevista e grupo focal, particularmente o último para a construção conjunta de proposta de intervenção, a ser aplicada no segundo semestre de 2016 e no primeiro de 2017. A pesquisa está baseada teoricamente em Candau (1995; 2008; 2011); Carvalho (2010; 2012; 2014); Capellini (2004; 2007); Gatti (2007); Glat e Pletsch (2010; 2007; 2010; 2013); Libâneo (2010; 2013); Mantoan (2004; 2010; 2013; 2015); Mendes, Vilaronga e Zerbato (2014); Sassaki (1997; 2003; 2007); Silva e Ferreira (2010); Veiga (1994; 2001), entre outros. Como resultados, apresentamos avaliação geral das políticas públicas de inclusão (especificamente a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva – PNEE, 2008) e do modelo de inclusão adotado pelo Brasil, considerando seu impacto nas práticas pedagógicas das professoras colaboradoras desta pesquisa. O primeiro ponto a ser considerado é que estas políticas efetivamente garantiram o acesso a este público às escolas de ensino regular, o que pode ser comprovado pelo número de matrículas – a diversidade, portanto, está batendo a porta da escola. Contudo, percebemos que o modelo baseado no AEE em salas de recursos multifuncionais ainda precisa ser melhor articulado às atividades da sala de ensino regular, visto que ainda não está claro para as participantes qual é o papel do AEE na inclusão – particularmente no planejamento colaborativo. A formação continuada/em serviço é outro ponto que emerge do campo recorrentemente: parte da angústia frente à inclusão é explicada pelas participantes pela falta de formação específica para inclusão. Contudo, percebemos casos bem sucedidos de inclusão neste lócus, relatados pelas próprias participantes, mas que não têm sido considerados pelas mesmas como resultados positivos de suas práticas, que mesmo ainda em transição, caminham para a perspectiva inclusiva.
- ItemEquipe multiprofissional no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) em uma instituição especializada de Jacobina/BA: tecendo o cuidado para alunos com TEA(2019) Andrade, Elciana Roque de Souza; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueEsta pesquisa nasce da experiência de acompanhamento de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), compartilhada com os professores do Centro de Atendimento Educacional Especializado CAEE de uma instituição especializada na cidade de Jacobina/BA, e tem como objeto a atuação da equipe multiprofissional na tessitura de práticas de cuidado para crianças com TEA no CAEE. A investigação se caracteriza como qualitativa, tendo como método o Estudo de Caso e como lócus e participantes o CAEE de uma instituição especializada na atenção à pessoas com deficiência da cidade de Jacobina/BA e profissionais que compõem a equipe multiprofissional deste CAEE. Apresenta como objetivo geral compreender como a equipe multiprofissional deste CAEE tem desenvolvido práticas de cuidado e as implicações destas para os alunos com TEA. Os objetivos específicos dessa pesquisa são: 1. Observar e descrever as práticas utilizadas pela equipe multiprofissional deste CAEE para alunos com TEA; 2. Acompanhar e avaliar o desenvolvimento de práticas de cuidado para alunos com TEA neste CAEE, a fim de mapear as práticas de trabalho. Os dispositivos utilizados para a construção dos dados foram: a análise documental, a observação participante, a entrevista semiestruturada e o grupo focal. Para análise e interpretação dos dados construídos, a pesquisa se inspirou na teoria da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2016). Emergiram dos dados em campo as seguintes categorias de análise: observação, ludicidade, vínculo afetivo, identificação das preferências, adaptação/flexibilização das atividades. A análise dos dados em campo evidencia o conflito entre o paradigma inclusivo, presente nos documentos institucionais e as práticas desenvolvidas pelos profissionais, centradas no modelo tradicional de saúde e de educação. Sobre os desafios relacionados ao atendimento educacional especializado ao aluno com TEA, emergem dos dados questões de ordem comportamentais, dentre elas: a estereotipias, a dificuldade de realizar e manter o contato visual, a dificuldade em comunicar-se. A relevância e maior contribuição deste estudo está na análise entre o que é proposto pelos documentos norteadores acerca da intersetorialidade no AEE, e como este atendimento é operacionalizado em instituição especializada em diálogo com a perspectiva inclusiva. A proposta de intervenção diz respeito a sistematização do Núcleo de Apoio a Educação Especial, formado por profissionais representantes de setores diversos, amparadas pela perspectiva da Educação Continuada voltada para a temática integralidade do cuidado à pessoa com deficiência pelo paradigma inclusivo.
- ItemEspaço escolar e os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência: estudo de caso em Junco/BA(2018) Silva, Lucineide Oliveira; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoletta Mendes de; Carvalho, Mª Ana Lúcia Oliveira Freitas de; Pimentel, Susana CoutoNeste trabalho objetivou-se compreender como o espaço escolar produz e reproduz os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência. Para tanto, a pesquisa “Espaço escolar e os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência: estudo de caso em Junco/Ba”, foi desenvolvida por meio do Estudo de Caso Etnográfico com abordagem qualitativa. Como dispositivos elegemos a observação participante com protocolo observacional para registrar as informações; pesquisa documental; entrevista semiestruturada com os atores educacionais. Para trabalhar com o Estudo de Caso Etnográfico optamos pela técnica de análise descrição densa, e triangulação de dados. Apresentamos o problema da pesquisa, que também se configura em uma questão norteadora: Como a ocupação do espaço escolar por alunos com deficiência impacta no processo de inclusão e exclusão? Participaram dessa pesquisa 08 familiares responsáveis pelos alunos com deficiência e que frequentam a Sala de Recurso Multifuncional (SRMF) da Escola Municipal pesquisada; 03 professores da sala comum e da Sala de Recurso Multifuncional com modalidade de Atendimento Educacional Especializado (AEE); 04 componentes do corpo diretivo; 07 profissionais de apoio; e 08 alunos com deficiência. Como principal aporte teórico utilizamos para as abordagens Inclusão e Exclusão: conceito; análise histórica e perspectivas, utilizamos os seguintes autores: Sassaki (1998); Stainback (1999); Mantoan (2006); Lima (2006); Pimentel (2007); Ropoli et al. (2010); Piletti (2014); Mattos (2014); Carvalho (2014). Sobre a abordagem Espaço utilizamos: conceito; características; fatores críticos; perspectivas, por meio dos seguintes autores: Milton Santos (2014); Harvey (2009); Bauman (2001; 2005); Rodrigues (2003); Silva (2015). Para a categoria Acessibilidade utilizamos: conceito; características; fatores críticos; perspectivas, a partir dos seguintes autores: Santos (2013); Giacomini, Sartoretto e Bersch (2010); Silva (2006); Os resultados que emergiram desse estudo indicaram as seguintes necessidades: apoio do poder público municipal para a reestruturação do espaço físico e pedagógico da escola para a inclusão de alunos com deficiência; reelaboração do projeto político pedagógico e que contemple a inclusão escolar; formação continuada para os atores educacionais com foco na inclusão de alunos com deficiência. Dessa forma, temos como objetivo, propor uma ação interventiva por meio do plano de ação dialogal com início em setembro a dezembro de 2018 e março a julho de 2019, alcançando sua culminância com a realização da Conferência Municipal de Inclusão, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de Jacobina; Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED); Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) que é um desdobramento do Grupo de Pesquisa em Diversidade, Formação, Educação Básica e discursos (DIFEBA).
- ItemExtensão universitária como prática de liberdade na formação de professores/as para/com as diversidades(2020) Dourado, Gerlane Lima Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lucia Gomes da; Velloso, Tatiana RibeiroPor meio desta pesquisa objetiva-se compreender as concepções e o papel da extensão universitária na formação inicial de professores na e para as diversidades, nos cursos de licenciatura da UNEB DCH IV. Para tanto, mapeia-se as ações extensionistas desenvolvidas no lócus durante o período de 2013 a 2018, traçando-se um levantamento dos Territórios alcançados com essas ações e analisando-se as concepções de extensão presentes na comunidade acadêmica. Apontam-se, ainda, indicativos para subsidiar a curricularização da extensão através dos seguintes documentos: Meta/Estratégias 7.12 do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, que determina que no mínimo 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação devam ser integralizados com ações extensionistas; Regimento Geral da UNEB, aprovada pela Resolução CONSU nº 864/2011 (BAHIA, 2012); Parecer CNE/CES nº 608/2018, que dispõe sobre as diretrizes para a política de extensão da educação superior brasileira; Resolução CONSEPE UNEB nº 2.018/2019, que regulamenta as ações de curricularização da extensão. Trata-se de uma pesquisa aplicada, alicerçada no Materialismo Histórico Dialético e na Teoria Crítica, ancorada pelo método pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e com finalidade intervencionista. Os dispositivos de produção de informações utilizados foram estes: levantamento bibliográfico e documental, Círculos de Cultura e Diário de pesquisa e, como dispositivo de tratamento das informações, Análise Temática de Conteúdo. Constatou-se nos resultados a prevalência da concepção difusionista e assistencialista da extensão, segundo a qual a universidade realiza eventos para a divulgação do conhecimento produzido ou desenvolve ações que propõem estender o seu conhecimento à sociedade, sem haver o trânsito de mão dupla nas proposições. Nesse cenário, as características marcantes são de uma extensão endógena, desenvolvida com vistas à formação acadêmica e poucas ações de natureza exógena, com pouca ou nenhuma participação da comunidade não universitária. Apesar das diferenças e equívocos em relação às concepções e abordagens extensionistas, conclui-se que há contribuições significativas na formação inicial de professores e professoras, uma vez que a extensão potencializa a prática docente através do contato com comunidades escolares e educativas; promove o princípio e o processo de aprendizagem dos licenciandos e das licenciandas a partir de contextos reais; amplia o desenvolvimento de metodologias; possibilita a formação crítica e reflexiva para uma formação na práxis; qualifica para o intercâmbio com a sociedade intersetorial; promove a formação das áreas temáticas que não são contempladas nos currículos; e contribui para a retroalimentação do ensino e da pesquisa. Assim, sinaliza-se para a necessidade de ruptura de matrizes curriculares e planos de cursos inflexíveis e maior espaço para epistemologias atentas aos saberes pautados nas experiências; para a necessidade de ajustar os objetivos acadêmicos às demandas locais/territoriais, diagnosticadas a partir de levantamento e leitura dos territórios das acadêmicas e dos acadêmicos; para a necessidade de maior participação acadêmica discente e popular por meio de arranjos didático-metodológicos fundados na pesquisa-ação e em dispositivos como o Círculo de Cultura, de modo a garantir a interação dialógica e a reafirmação da identidade institucional como universidade popular e inclusiva e para a implementação de uma política institucional de auto avaliação que alimente a reorganização curricular e o desenvolvimento de políticas acadêmicas.
- ItemA formação inicial de professores para inclusão educacional de pessoas com deficiência: estudo de caso no Departamento de Ciências Humanas (DCH IV), UNEB(2019) Costa, Juliana Barbosa da; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoleta Mendes de; Pimentel, Susana CoutoA presente pesquisa intitulada “A formação inicial de professores para inclusão educacional de pessoas com deficiência: estudo de caso no Departamento de Ciências humanas (DCH IV), UNEB, ” buscou avaliar como a inclusão de pessoas com deficiência está sendo contemplada na formação inicial de professores nos cursos de licenciatura da UNEB do Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Jacobina (Letras Língua Inglesa e Literaturas, Letras Língua Portuguesa e Literaturas, Educação Física, História e Geografia). Para tal, adotamos o estudo de caso como procedimento metodológico. Nossa problemática foi compreender como as licenciaturas do DCH IV têm contemplado as demandas de formação inicial propostas nos documentos norteadores para políticas educacionais, no que diz respeito às diversidades, particularmente aos alunos com deficiência. Como objetivos tivemos: (1) Mapear ações formativas sobre diversidades, especificamente sobre as pessoas com deficiência , nos âmbitos do ensino desenvolvidas no DCH IV; (2) Avaliar, colaborativamente, a formação inicial ofertada pela UNEB no DCH IV em consonância com as proposições demandadas pelas diretrizes curriculares nacionais para formação de professores e pela Política Nacional de Inclusão em contextos de diversidade; (3) Construir proposta para acompanhamento dos egressos e avaliação institucional. Como participantes da pesquisa tivemos os alunos regulares e egressos dos cursos de licenciatura da UNEB DCH IV, conforme adesão a este trabalho. Os dispositivos para geração de dados foram a análise documental, entrevistas semiestruturadas, survey e grupos focais. Na primeira etapa, fizemos a análise documental dos projetos pedagógicos dos cursos, observando como a formação docente inicial atende às orientações presentes nas diretrizes para formação de professores para educação básica no que tange à inclusão escolar de alunos com deficiência na educação básica. Os resultados da pesquisa apontaram que os cursos de licenciatura da UNEB DCH IV vêm se mobilizando no decorrer dos anos para abordar a temática referente a inclusão de alunos com deficiência na educação básica, porém os resultados dos dispositivos apontam uma série de fragilidades que ainda se apresentam. Entre as fragilidades apontadas se destacam a quantidade limitada de componentes curriculares que abordem a temática, em alguns cursos limitada ao componente curricular LIBRAS, bem como a falta de discussão sobre a temática em componentes relacionados a prática pedagógica e nos componentes de estágio. Além disso, os resultados apontam a limitação de docentes que propõe/ aderem as discussões relacionadas ao assunto, deixando, desse modo alguns professore sobrecarregados. Por outro lado, além de perceber que a Universidade está se mobilizando, mesmo que a passos lentos para incluir a temática no decorrer da formação inicial proposta, os colaboradores apontaram como potencialidades no que se refere a inclusão de pessoas com deficiência na formação inicial a parceria entre a UNEB e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, as pesquisas do mestrado e sua correlação entre a Universidade e o ensino básico, bem como o envolvimento de alguns professores que se comprometem e discutem a temática de maneira intensiva.
- ItemMicroletramentos da e na [auto] formação: entre carreirinhos e léguas(Universidade do Estado da Bahia, 2024-06-03) Jambeiro, Orleane Oliveira; Salvadori, Juliana Cristina; Santana, Thaís Nascimento; Silva , Ana Lúcia Gomes da; Finardi, Kyria Rebeca Neiva de Lima; Nunes, Rodrigo dos ReisEste relato autoetnográfico da professora, pesquisadora e autora entrelaça a atuação e formação na Educação Básica e Universidade ao produzir uma narrativa reflexiva que toma corpo nas léguas e carreirinhos – metáfora das experiências da autora no encontro entre a formação continuada no âmbito da pós-graduação com as professoras em formação inicial da área de linguagens, encontro este agenciado pelos grupos de pesquisa e estudo Diversidade, Discursos, Formação na Educação Básica e Superior (DIFEBA) e Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE), tomados como instâncias de auto, hetero e eco formação. Numa perspectiva qualitativa e interventiva, pautada pela multirreferencialidade, elegeu-se a autoetnografia como método, e o dispositivo de conversa, estendida para o diário de pesquisa e mensagens de grupos pelo WhatsApp, como dispositivo para produção e análise dos dados. A questão que norteou esta pesquisa foi: Como os eventos, práticas e processos de microletramentos emergem na formação e na atuação das professoras da área de linguagens? Para além de compreender, identificar e analisar os eventos, práticas e processos de microletramentos nas práticas das professoras da área de linguagens, propôs-se cocriar práticas, eventos e processos de microletramentos acessíveis tomando os princípios do desenho universal para aprendizagem. Os dados apontaram para a potência do encontro e da conversa tecidos com as professoras em formação inicial [estagiárias] do curso de Letras - Língua Inglesa da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, e as ações realizadas com/em grupo: a construção do Plano do Estágio Supervisionado III, a participação da professora supervisora pela observação implicada que possibilitou reflexões acerca das minhas práticas que vem sendo atravessadas nos processos formativos da Educação Básica, pela auto, eco e heteroformação, as produções em co-autoria com as professoras e com o Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE), para além das produções, apresentação e participação em eventos a partir das experiências de atuação e práticas com/as diversidades, as linguagens e as diferenças da/na sala de aula, possibilitando o engajamento dos/das estudantes pela acessibilidade na perspectiva do Desenho Universal para Aprendizagens (DUA). O enfoque do DUA na diversidade como fundamento da aprendizagem permitiu a transgressão do currículo macro - no corpo da Base Comum Curricular BNCC - pelo micro, na micropolítica, pelos saberes construídos e produzidos quando se parte das subjetividades na configuração da conversa e produção de linguagens e comunicação - nos por-menores, no menor, no micro da sala de aula. Quanto ao produto, buscamos construir um repositório online aberto, na perspectiva de um Repositório de Recursos Educacionais Abertos (REA), composto e alimentado com as experiências do Estágio Supervisionado III do processo formativo dessa pesquisa e de outras pesquisas com/em grupo pela dimensão (auto)formativa.