Ele não quer nada! Representações sociais de professor sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula
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Resumo
Trata-se da pesquisa de nome Ele não quer nada! Representações sociais de professor sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula cujo objeto versa sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula. Temática fundada nas inquietações: quais as representações sociais construídas por professores sobre o aluno (in)visibilizado, ainda que presente nas salas de aula? Como se processam as causas e consequências desse fenômeno? De que modo a (in)visibilidade do aluno impacta na relação professor-aluno e, consequentemente, no processo de ensinar e aprender? Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada tem por objetivo geral apreender as representações sociais de professores acerca do aluno (in)visibilizado e sua implicação no processo de ensinar e aprender, e tem como objetivos específicos: identificar as objetivações e ancoragens advindas das representações sociais do professor; analisar de que maneira a relação de (in)visibilidade tecida do professor para o aluno pode interferir na construção do ato educativo; buscar, no processo de formação docente, princípios educativos do processo de ensinar e aprender, pertinentes ao aluno (in)visibilizado. Metodologicamente, o estudo se estrutura enquanto pesquisa qualitativa e elegeu-se por lócus 01 (uma) escola pública da rede estadual no município de Alagoinhas-BA. Tem-se por sujeitos 06 (seis) professores egressos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cujas representações sociais sobre o objeto foram analisadas mediante entrevistas, desenhos e rodas de conversa. Os dados colhidos foram, posteriormente, submetidos à análise de discurso de vertente francesa. A escolha das representações sociais, como principal aporte, para escutar o fenômeno da (in)visibilidade de alunos ante o olhar dos professores, deveu-se ao fato de que a Teoria das Representações Sociais, inaugurada por Serge Moscovici relaciona processos cognitivos e práticas sociais, recorrendo aos sistemas de significação socialmente elaborados e aos processos de ancoragem e de objetivação. Desse modo, a base teórica dessa pesquisa sustentou-se em: Moscovici (1978), Jodelet (2001) e Ornellas (2001; 2008; 2010; 2017), no campo das representações sociais; Costa (2008a), Foucault (2009), Merleau-Ponty (2009) e Porto (2006), no que tange ao fenômeno da (in)visibilidade; Charlot (2008), Kupfer (2009) e Ornellas (2001; 2008; 2009; 2017) no que concerne à educação contemporânea. Percorrida a trilha metodológica alicerçada na revisão de literatura e análise dos dados que emergiram nas entrevistas, desenhos e rodas de conversa, os resultados revelam que as representações sociais dos sujeitos da pesquisa sobre o aluno (in)visibilizado ancoram-se em: afeto; conflito; desejo e (des)compromisso. Desse modo, que o investimento libidinal aqui corporeificado evoca o olhar de professores ante ao fenômeno da (in)visibilidade e provoca outros pesquisadores a aprofundarem seus estudos sobre essa temática, posto que toda pesquisa é uma aposta inconclusa, um contínuo advir.