Situação epidemiológica do câncer de colo uterino no estado da bahia
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Resumo
Introdução: Dentre todos os tipos de câncer, o de colo uterino é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando a perto de 100%, quando diagnosticado precocemente podendo ser tratado em nível ambulatorial em cerca de 80% dos casos. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países no mundo a introduzir a citologia de Papanicolaou para a detecção precoce do câncer de colo uterino, esta doença continua a ser um sério problema de saúde pública em nosso país. Objetivo: Analisar a epidemiologia do câncer do colo do útero no Estado da Bahia, a partir dos dados registrados no INCA e do DATASUS, no período de 1979 a 2009. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva, de série temporal, realizada a partir de dados secundários, obtidos nos sites do INCA e do DATASUS. Buscou-se identificar o grupo etário de maior risco de morrer, evidenciado pelos coeficientes de mortalidade, o grupo de maior risco de adoecer, evidenciado pelos coeficientes de incidência, bem como os grupos mais atingidos, revelados pela distribuição proporcional de óbitos. A análise descritiva dos dados foi realizada a partir da leitura dos indicadores de incidência/mortalidade de câncer de colo de útero, presentes nas tabelas, gráficos e figuras disponibilizadas nos sites do INCA e DATASUS. Resultados: Os principais achados deste estudo evidenciaram que, entre as mulheres, o câncer de colo de útero tem a segunda maior incidência do estado, ficando atrás apenas do câncer de mama. Embora tenha ocorrido uma redução de 18% entre os óbitos por câncer de colo de útero em relação ao total de óbitos no Estado da Bahia, no período de 1979 a 1983, a taxa de mortalidade por este tipo de câncer apresentou uma tendência de crescimento de 75% entre os anos de 1995 e 1999, contudo, o Estado da Bahia continua entre os estados com os menores índices de mortalidade por este agravo, quando comparados aos demais da federação. As mulheres de 25 a 29 anos foram as que mais realizaram o exame anátomo-patológico, entre 2006 e 2009. As internações por neoplasia maligna do colo do útero apresentaram uma tendência de queda a partir do ano 2000, apesar da incidência ter aumentado. Considerações finais: Em que pese as limitações dos estudos baseados em dados secundários, ao término deste estudo foi possível constatar que, o Estado da Bahia não se encontra entre os estados com os maiores coeficientes de incidência e de mortalidade para o câncer de colo de útero do país, embora este agravo represente o segundo mais importante em termos de magnitude no estado, atrás apenas do câncer de mama.