A tradição oralna construção da identidade afro-brasileira nos terreiros bandalecongo e unzó congo mutalenguzo em Juazeiro-Ba
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Resumo
Este trabalho apresenta um estudo sobre a tradição oral como mecanismo de fortalecimento de identidades afro-brasileiras através das línguas africanas (yorubá e as línguas do ramo banto) nos rituais sagrados dos terreiros de candomblé/umbanda na cidade de Juazeiro - Bahia. O objetivo geral desta pesquisa foi assim definido:investigar como são utilizados fragmentos das línguas yorubá e banto em dois terreiros de candomblé/umbanda de Juazeiro-BA e de que forma essas comunidades religiosas experimentam modos de afirmação de suas identidades através da oralidade. Tomo como base produções de estudiosos como Bastide (2006; 1999), Beniste (2002), Caputo (2012, 2015), Hall (2014, 2009) Gilroy (1993) Sodré (1988) Lopes (2011) entre outros, construindo um referencial teórico que fundamentou as indagações apresentadas, tendo como questionamento principal: Como a oralidade praticada nos terreiros - em especial a utilização das língua yorubá e banto - implicam para as identidades dos filhos e filhas de santo? Para chegar às repostas para esse questionamento, foi utilizada a metodologia de base etnográfica, através de instrumentos como observação participante e entrevista semiestruturada. Os resultados mostram que as línguas africanas estão vivas e que este é um forte elemento da memória e identidade dessas pessoas, através da prática de sua espiritualidade neste território do médio São Francisco, Semiárido brasileiro.