Quando me descobri negra, de Bianca Santana: (des) construções e cabelo crespo.
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar a simbologia que o cabelo crespo tem no empoderamento feminino negro, além das representações do mesmo na literatura, sobretudo de autoria feminina. Reconhecer-se negra é um processo singular para cada indivíduo esse trabalho discute como o cabelo era concebido e representado antes, assim como, as mudanças de perspectivas sobre o crespo relacionadas a literatura feminina negra. A partir do exposto, o trabalho propõe-se a examinar o livro Quando me descobri negra de Bianca Santana (2015), e tratar de temas como: colorismo, autoria negra e estereótipos. Como embasamento teórico que norteou essa pesquisa, cita-se, Dalcastagné (2012), para discutir a literatura feminina; aborda-se a autoria das mulheres pretas por meio do pensamento de Evaristo (2004); e questões relacionadas à identidade fundamenta-se em Gomes (2003), entre outros. A ressignificação de conceitos e uma nova perspectiva acerca do cabelo crespo são discutidas, com base na metodologia adota a pesquisa bibliográfica, com caráter qualitativo desse modo, a partir da análise da obra de Bianca Santana, demostra-se a importância de reconhecer o processo de aceitação de características naturais como complexo, a valorização da beleza negra na literatura, a simbologia presente no cabelo crespo e todas as implicações que são geradas ao reconhecer-se negra, pela narração de Bianca Santana e outras vozes negras que compõem sua obra.