Currículo e culturas juvenis: um estudo de caso sobre as representações sociais dos estudantes da educação de jovens e adultos no município de Conceição da Feira-BA
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Resumo
Esta pesquisa buscou analisar as representações sociais dos estudantes da EJA acerca de currículo e juventude, ressaltando os desafios e possibilidades para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil. A problemática da pesquisa norteou-se pelos seguintes questionamentos: Quais são as representações sociais dos estudantes sobre juventude e currículo? e Quais são os desafios e possibilidades que os jovens revelam para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil? Desenvolvemos a argumentação teórica em três partes: um capítulo dedicado a explicar os imbricamentos da pesquisadora com seu objeto de estudo e apresentar um levantamento sobre as produções acadêmicas sobre a temática em análise. O segundo capítulo faz uma breve discussão sobre os aspectos históricos da Educação de Jovens e Adultos, ressaltando os processos de juvenilização da EJA e suas implicações no currículo escolar. O terceiro capítulo reflete sobre as teorias das representações sociais e o processo de construção de um currículo que atenda a cultura juvenil, destacando o papel do professor e os desafios formativos. Os pressupostos metodológicos que orientaram a pesquisa ora apresentada são de cunho qualitativo, por meio de um estudo de caso realizado em uma escola da Rede Estadual de Ensino do município de Conceição da Feira-Ba, que oferece a Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Como dispositivo de coleta de informações utilizamos questionário, grupo focal e análise documental e como dispositivo de interpretação trabalhamos com a análise de conteúdos sob a luz da Teoria das Representações Sociais. Os resultados revelam representações sociais de juventude como construção sócio-cultural que perpassam por um recorte etário, como uma forma de estar/significar o mundo, como um sinônimo de rebeldia e violência e como a cultura da ostentação. Em relação a currículo, as representações sociais sinalizam que o currículo é um documento normatizador no espaço escolar. Evidenciou-se o reconhecimento das diferenças culturais juvenis no currículo escolar como desafio para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil. Como possibilidade os estudos revelaram a necessidade da escola fomentar no currículo diálogos interculturais para a construção e o reconhecimento das diferentes culturas juvenis.