A Higienização das Mãos (HM) se configura cientificamente como padrão ouro na assistência segura em saúde. Contudo, apesar das evidências, a taxa de HM em instituições de saúde ainda é inaceitavelmente baixa em todo o mundo. Objetivo: Analisar os indicadores epidemiológicos de adesão à HM entre profissionais de saúde em um Hospital de Grande Porte em Salvador, BA. Metodologia: Estudo descritivo, de corte transversal, tipo survey, realizado em um hospital público com 700 leitos, na capital baiana. A coleta de dados foi feita por questionário eletrônico respondido pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)/Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS). Variáveis estudadas: estrutura institucional; existência de protocolos de HM; educação dos profissionais; monitoramento e avaliação da prática. Os dados foram organizados no Excel® e analisados estatisticamente. Resultados: O hospital possui política formal de incentivo à HM e estrutura parcialmente adequada, com soluções alcoólicas e auditorias internas. Contudo, há ausência de metas estratégicas específicas, pias e dispensadores à beira-leito, e limitação na divulgação de lembretes visuais. Há protocolos e treinamentos regulares, mas falta formação de observadores formais e persistência no uso de adornos. A taxa de adesão estimada foi entre 61% e 70%, superior à de estudos locais. Auditorias semestrais geram feedback imediato, porém os dados não são consolidados nem socializados. Conclusão: A instituição apresenta avanços na promoção da HM, mas enfrenta barreiras estruturais, educativas e de gestão. O estudo contribui para diagnóstico institucional e aprimoramento da cultura de segurança e qualidade assistencial.