Raca/etnia, cultura, identidade e o professor na aplicação da Lei nº 10.639/03 em aulas de língua inglesa: como?
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Resumo
Este é um estudo de caso de um curso de inglês instrumental em cujas aulas buscou-se associar conteúdos étnico-raciais ao ensino de inglês. Diante do pioneirismo da proposta, três aspectos distintos das aulas foram investigados: a) se a utilização da história e cultura do negro pôde ser estratégia de educação anti-racista, para tanto, analisamos o trabalho desenvolvido com base no que é prescrito pela Lei nº 10.639/03 e a Teoria Racial Crítica (FERREIRA, A. J; LADSON-BILLINGS); b) o ensino de inglês e cultura por meio do material didático utilizado (GUILHERME; MENDES; OLIVEIRA); c) a atuação do professor ao tratar dos temas propostos, sobretudo, quanto à influência de aspectos identitários da formação profissional e étnico-racial na sua prática (BAKHTIN; FEEREIRA, A. J; FERREIRA, R.F; HALL). Constatamos que o ensino de inglês em conjunção com a discussão de conteúdos étnico-raciais cumpriu com as orientações da Lei nº 10.639/03, bem como com as recomendações da Teoria Racial Crítica, dentre elas, a desconstrução da superioridade cultural europeia e/ou branca comum em currículos regulares de língua inglesa. Também verificamos que o material didático utilizado correspondeu às perspectivas de ensino intercultural de língua estrangeira, assim como abordou o inglês como língua de expressão glocal. Finalmente, constatamos que o professor deve ter identificação com o ensino crítico e reflexivo de inglês, também com as questões étnico-raciais, muito mais do que formação acadêmica e profissional para desenvolver o trabalho proposto, já que sua prática parece estar diretamente condicionada às crenças, valores e posicionamentos ideológicos formados a partir de suas identificações/identidade