Por uma educação enraizada: práxis pedagógica em filosofia numa escola do campo no interior do estado da Bahia
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Resumo
Este trabalho problematiza a relação entre educação popular do campo e a práxis filosófica enraizada no chão da escola de uma comunidade rural da Chapada Diamantina, estado da Bahia. Para tanto, parte da contextualização da experiência do autor como egresso de uma comunidade rural, que galgou uma formação acadêmica em filosofia, mas não abandonou a preocupação com um conteúdo educacional em diálogo com o contexto do estudante do interior e/ou das camadas populares. Com o objetivo de investigar se a filosofia ensinada aos estudantes do campo está enraizada no seu contexto sociocultural, este trabalho pretende problematizar como se dá a práxis pedagógica de filosofia em perspectiva “enraizada” para estudantes de uma comunidade rural. Para isso, além de lançar mão de uma pesquisa bibliográfica, aplicou-se uma metodologia baseada na pesquisa-ação e na etnografia, a partir da observação, da interação, de entrevistas, rodas de conversas, sondagens e outros instrumentos de investigação específicos à comunidade pesquisada e seus atores/atrizes envolvidos/as. Os resultados colhidos foram os mais diversos, desde a integração sócio cultural dos/as jovens das comunidades envolvidas, passando pelo envolvimento do pesquisador nas festas e rituais comunitários, até a percepção de que a escola pesquisada não se trata de uma escola do campo, mas de uma escola no campo. Toda essa rica “colheita” municiou a pesquisa rumo a um desfecho epistemológico em busca de resposta à pergunta-problema central da tese: Afinal, é possível uma educação “pé-no-chão”?