No processo de ensino da Geografia, a forma tradicional, de lidar com as atividades, está imbricada em estudos fundamentados na didática tradicional de memorização, e em atos descritivos que comprometem as práticas de ensino e aprendizagem. Assim, a presente monografia tem seu lócus de pesquisa em São Miguel das Matas-Ba, na Escola Municipal José Marcelino tendo como os sujeitos os alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental - séries finais. Procurou-se analisar de que maneira o uso de histórias em quadrinhos de Mafalda podem contribuir para que o ensino de Geografia seja mais atrativo, despertando nos alunos o senso crítico-reflexivo e a aquisição de uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, está pesquisa é relevante, já que visa contribuir com novas reflexões acerca do uso das historinhas em quadrinhos na sala de aula do 8º e 9° anos, tendo como motivação para a sua realização as experiências vividas durante o período da Educação Básica, onde, em sua maioria, os professores, licenciados em Geografia, só faziam o uso do livro didático e, raras as vezes, utilizavam diferentes ferramentas para auxiliar no ensino e aprendizagem, e também as experiências vividas através das aulas de Estágio Supervisionado Diversificado. A metodologia empregada para a realização desta pesquisa foi revisão de literatura, contendo autores como Libâneo (1994), Calvancanti (2014), Ausubel (1942), Vergueiro et al. (2014) e Lima (2021). Realizou-se uma seleção de historinhas em quadrinhos de Mafalda com o intuito de discorrer de que forma se relacionam com os conteúdos da Geografia, entrevista semiestruturada, com os alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental e, por fim, uma análise documental dos livros didáticos das referidas séries que estão inseridas nesse estudo. O resultado desta pesquisa aponta, por meio das análises, a existência de historinhas em quadrinhos de Mafalda que se relacionam com conteúdos trabalhados no 8º e 9º anos do ensino fundamental, além da inexistência de tirinhas de Mafalda nos livros didáticos e, por meio das entrevistas, considera-se a existência da vontade dos alunos em trabalhar com uma linguagem diferente, neste caso específico, com as historinhas de Mafalda.