A participação de mulheres transgênero em esportes femininos de alto rendimento, tem chamado bastante a atenção devida os desempenhos alcançados. Sendo assim, utilizando-se da pesquisa qualitativa através dos métodos de análise bibliográfica e documental, buscou-se entender se as diretrizes passadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), no decorrer dos anos, cooperam para que o esporte seja cada vez mais equânime. Além disso, procurou-se criar uma fonte de investigação, onde futuros pesquisadores possam encontrar um compilado de informações capazes de fomentar um entendimento consubstanciado no que concerne à questão supramencionada. Os resultados evidenciam diversas diferenças físicas e fisiológicas entre os corpos de homens e mulheres e que tais disparidades influenciam diretamente no desempenho esportivo. Somado a isso constatou-se que além da testosterona, outras substâncias, produzidas pelo sistema endócrino, como por exemplo, o GH, insulina, glucagon, cortisol, catecolaminas, progesterona e estrogênio, além do ciclo menstrual, têm participação na performance esportiva. Ao mesmo tempo foi analisada a questão da inclusão de pessoas transgênero na sociedade. Ficando claro que este é o tema principal da maioria dos artigos e debates encontrados em reportagens ou vídeos em detrimento de questões mais específicas como algumas já mencionadas. Percebeu se que a carência de tratados que analisem os pormenores do desempenho esportivo e todas as variáveis que o envolvem, dificultam a chegada à uma definitividade. Então, sugere-se que tais estudos sejam aprofundados, para que as pessoas transgênero possam ser incluídas na sociedade, sem qualquer tipo de preconceito. Não esquecendo que no universo esportivo, onde um milésimo de segundo ou um milímetro de distância definem a vitória, a derrota e até recordes, que estas decisões possam ser as mais justas e imparciais possíveis.