Ação de diferentes princípios ativos no controle da antracnose da mangueira
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A mangicultura tem grande relevância econômica e social para o Brasil, sendo o Vale do São Francisco o principal polo produtor e exportador do país, responsável por mais de 90% da produção nacional. No entanto, doenças como a antracnose, causada por Colletotrichum spp., comprometem a qualidade dos frutos, sobretudo na fase pós-colheita, resultando em perdas significativas e restringindo a comercialização externa. Diante da demanda por alternativas sustentáveis que atendam às exigências de redução de resíduos químicos, este trabalho teve como objetivo avaliar a ação de diferentes princípios. Foram testados um óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus), três produtos formulados à base de extratos vegetais (melaleuca, alho e pimenta) e um fungicida químico composto por azoxistrobina + fludioxonil, todos aplicados em diferentes concentrações. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), utilizando isolados do patógeno obtidos a partir de frutos sintomáticos coletados no município de Petrolina (PE). As avaliações seguiram duas etapas: testes in vitro, para análise do crescimento micelial em meio BDA, e testes in vivo, com aplicação preventiva dos tratamentos em frutos sadios da variedade Tommy Atkins, previamente inoculados com a suspensão de conídios do patógeno. O teste in vitro foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial duplo, com cinco repetições por tratamento, enquanto o teste in vivo adotou delineamento inteiramente casualizado (DIC). As variáveis analisadas foram crescimento micelial, incidência e severidade da doença, além da área abaixo da curva do crescimento micelial e a área abaixo da curva de progresso. Os resultados revelaram alta eficácia do óleo essencial de capim limão e do extrato de melaleuca no controle in vitro, enquanto, nos testes in vivo, o produto químico demonstrou maior desempenho. Os resultados reforçam o potencial de controles alternativos, embora indiquem a necessidade de aprimoramentos para aplicação prática em campo.