Socioecológias e economia na exploração do salitre nos sertões da capitania da Bahia - século XVIII.
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Resumo
Desde o século XVI, a Coroa e súditos mantiveram ativos interesses em descobrir jazidas minerais nas conquistas da América portuguesa. A confirmação de minas de salitre, contudo, ocorreu em finais do século XVII, mas foi somente ao longo do século XVIII que a coroa portuguesa efetivou a exploração do mineral, instalando fábricas de refino de salitre nos sertões baianos. Este estudo dedicou-se a demonstrar os expedientes socioecológicos de exploração de salitre na região da Serra dos Montes Altos, próxima à bacia hidrográfica do Rio de São Francisco. A partir dos aportes teóricos recentes da História Social, História Ambiental e das ciências naturais buscou-se uma visão histórico-ambiental a respeito dos recursos naturais da América portuguesa. A documentação que subsidiou a pesquisa foi selecionada no acervo digital do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), Projeto Rede da Memória Virtual Brasileira e Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (BNRJ). Argumenta-se que este mineral por ser a principal matéria prima da fabricação de pólvora foi um produto estratégico para a soberania militar portuguesa e poderia amparar o processo de expansão das fronteiras internas, garantindo supremacia bélica portuguesa em diversos espaços do ultramar.