Estudo sobre a temática indígena na formação docente em um contexto de relações interétnicas: o currículo de pedagogia da UESC entre silêncios e discursos.
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Resumo
Essa dissertação trata dos sentidos produzidos sobre a formação de pedagogos/as para o ensino de história e cultura indígena na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), por meio dos diálogos com os diversos atores sociais, bem como, das leituras dos documentos curriculares que orientam os processos formativos. O estudo considerou o contexto interétnico da região de Ilhéus, objetivando perceber se existe relação entre o currículo do curso de Pedagogia e a realidade local que é palco de luta do movimento Tupinambá. As discussões aqui apresentadas estão apoiadas nas teorias críticas e pós-críticas de currículo e os dados foram analisados através da perspectiva sócio-histórica e da teoria enunciativa de Mikhail Bakhtin que dá ênfase à compreensão dos fenômenos sociais em toda a sua complexidade e no seu acontecer histórico, possibilitada pela linguagem. Foram realizadas entrevistas individuais com professores e representantes de Colegiado e Departamento, grupos focais com estudantes do 1º e 7º semestre, além de observações das aulas de disciplinas relacionadas à diversidade cultural. Esses encontros nos fizeram conhecer como é tratado o tema “história e cultura indígena” no curso de Pedagogia da UESC e como os sujeitos interpretam e avaliam essa formação diante de um contexto regional de relações interétnicas conflitivas, mas, deveras silenciado.