Formação de leitores na cibercultura: o projeto estruturante EPA como mediação para práticas hipertextuais no ensino médio
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Resumo
Esta pesquisa tem como temática a discussão sobre práticas leitoras na cibercultura por alunos do Ensino Médio. Tem como objeto de estudo a prática de leitura de hipertextos no espaço escolar, tendo como escopo para a investigação artefatos culturais que fazem parte da cibercultura, especificamente o acervo de Museu Virtual da Língua Portuguesa, considerando os sentidos multimodais e multissemióticos desses artefatos textuais. Dessa maneira, este trabalho apresenta a seguinte questão norteadora: como o trabalho em sala de aula com hipertextos, a partir do acervo do Museu Virtual de Língua Portuguesa, contribui para a formação do hiperleitor? Como objetivo geral, elegeu-se: compreender como o trabalho com a leitura na esfera digital, a partir de hipertextos presentes no Museu Virtual de Língua Portuguesa, pode ampliar a formação de leitores críticos e reflexivos. A escolha por esse objeto se deu devido à necessidade de trabalhar com estratégias e eventos de leitura que corroborem com uma maneira de perceber os textos em toda sua amplitude de materialização, pois esses se apresentam de forma múltipla e vão além da cultura grafocêntrica. Possuem características que produzem diversão, informação e construção de conhecimento, também de forma lúdica. Teoricamente, este estudo embasa-se nas abordagens que fundamentam os estudos sobre formação do hiperleitor, historização da leitura e leitura em contextos virtuais; concepção de hipertexto, cibercultura e aspectos dos textos digitais. Para o percurso metodológico, optou-se por uma abordagem qualitativa com método netnográfico, por esse caracterizar-se como uma metodologia que estuda fenômenos e relações advindas da cultura digital. Como dispositivos para a construção de informações, utilizou-se o questionário on-linee minicursos virtuais. Os participantes da pesquisa são doze estudantes da 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira Pinheiro, na cidade de Conceição do Coité (BA). O produto resultante do processo de intervenção constituiuse em uma fanpage, organizada pelos alunos, na rede social Facebook, que materializou pesquisas realizadas pelos participantes, por meio de espaços virtuais, a respeito dos patrimônios culturais da cidade de Conceição do Coité (BA). Os achados da investigação possibilitaram afirmar que discentes interpretaram criticamente textos que representam aspectos patrimoniais tanto da cultura local quanto global, a partir do trânsito na cibercultura, e, consequentemente, ampliaram a formação de hiperleitores críticos e reflexivos, levando em conta potencialidades socioculturais da cultura tecnológica e do projeto estruturante EPA, já pertencente à cultura escolar.