Iyambae – o indomável: “a resistência Guarani nos Sete Povos das Missões nos dias de ontem aos de hoje”

dc.contributor.advisorOliveira, Itamar Freitas de
dc.contributor.authorSilva, Lenine Flamarion Oliveira da
dc.contributor.refereeRosa, Francis Mary Soares Correia da
dc.contributor.refereeSodré, Maria Dorath Bento
dc.contributor.refereeFigueiredo, Joabson Lima
dc.date.accessioned2025-08-20T14:36:09Z
dc.date.available2025-08-20T14:36:09Z
dc.date.issued2024-08-09
dc.description.abstractO estudo deste trabalho está voltado para identificar a resistência dos Guarani, os quais habitavam e ainda habitam a atual região das missões dos Sete Povos do Rio Grande do Sul, perante as ações: evangelizadora no período colonial imposta pelos jesuítas, e também as “civilizadoras” e integracionistas que vieram sendo implementadas e praticadas desde o Brasil Império aos dias atuais da República. Este povo originário é dono de um modo de ser (Ñandereko) muito peculiar como a organização social, a cosmovisão e a busca constante pelo Yvymarãey (terra sem males). Estes, que se encontravam aldeados nas bandas orientais do continente sul-americano, ao serem inseridos, forçadamente ao processo inicial da empreitada colonizadora, criaram estratégias de resistência, como por exemplo o hibridismo cultural, que foram fundamentais para que ao longo dos mais de 500 anos de investidas da agora “grande serpente do capital” pudessem chegar ao século XXI existindo e resistindo, dignos do termo “os indomáveis” (iyambae). Portanto, o grande objetivo deste estudo desta pesquisa se volta para identificar quais estratégias de resistência que esse povo utilizou para cruzar as ações dos colonizadores e, na sequência, a elite republicana, que possibilitaram chegar ao século XXI, com seu modo de ser ainda muito vivo. Para encontrar as respostas das problemáticas que surgiram, foi feita uma pesquisa de cunho qualitativo a partir de fontes, bibliográficas como livros, teses, dissertações e artigos de revistas, assim como também entrevistas áudio visuais e relatos e experiências de vida. A pesquisa identificou que ante as ações colonizadoras, impostas por seus representantes, a Companhia de Jesus, as quais podemos apontar uma série de medidas como a cooptação dos caciques, a desqualificação dos pajés (Karaí), e as proibições da caça, da concepção de mundo e sobrenatural, assim como da a busca andante da “terra sem males” (Yvymarãey), além do principal, o reducionismo em cidades, onde se deram a educação de cunho evangelizadora às crianças e a submissão ao trabalho nas oficinas e lavouras, os Guarani criaram e colocaram em prática um série de ações de resistência. Revoltas, fugas, suicídios, assassinatos e também o próprio hibridismo cultural (aprender a ler e a escrever no idioma dos colonizadores Ibéricos) se mostraram como grandes estratégias de resistência nessa primeira fase. Esses modos de resistência, foram muito eficazes, permitindo que nos séculos seguintes os Guarani, aperfeiçoassem a resistência, ao constituírem coletivamente com os outros povos originários, um movimento unificado de luta pelo reconhecimento jurídico dos seus direitos. Contudo, as vitórias alcançadas, a fome voraz da “serpente do capital”, que devora a natureza e os corpos daqueles que se põem em seu caminho, continua ativa e insaciável. Mesmo assim, Os Guarani dos pampas gaúcho existem e resistem com seu Ñandereko (modo de ser) nos tempos hodiernos.
dc.description.abstract2El estudio de este trabajo tiene como objetivo identificar la resistencia de los guaraníes, que vivieron y viven en la actual región de las misiones de los Siete Pueblos de Rio Grande do Sul, frente a las acciones evangelizadoras impuestas en el período colonial. por los jesuitas, y también por los “civilizadores” e integracionistas que han sido implementados y practicados desde el Imperio Brasileño hasta la actualidad de la República. Este pueblo originario tiene una forma de ser (Ñandereko) muy peculiar, como la organización social, la cosmovisión y la búsqueda constante de Yvymarãey (tierra sin mal). Estos, ubicados en pueblos de la zona oriental del continente sudamericano, al verse obligados al proceso inicial de la empresa colonizadora, crearon estrategias de resistencia, como el hibridismo cultural, que fueron fundamentales para que a lo largo de los más de 500 años de Los ataques de la ahora “gran serpiente del capital” podrían llegar al siglo XXI existiendo y resistiendo, dignos del término “el indomable” (iyambae). Por lo tanto, el objetivo principal de esta investigación es identificar qué estrategias de resistencia utilizaron estos pueblos para cruzar el accionar de los colonizadores y, posteriormente, de la élite republicana, que permitieron llegar al siglo XXI, con su forma de ser aún muy vivo. Para encontrar respuestas a los problemas surgidos se realizó una investigación cualitativa utilizando fuentes bibliográficas como libros, tesis, disertaciones y artículos de revistas, así como entrevistas y reportajes audiovisuales y experiencias de vida. La investigación identificó que frente a las acciones colonizadoras, impuestas por sus representantes, la Compañía de Jesús, podemos señalar una serie de medidas como la cooptación de jefes, la descalificación de chamanes (Karaí) y prohibiciones de la caza, la concepción de mundo y sobrenatural, así como la búsqueda permanente de la “tierra sin males” (Yvymarãey), además de lo principal, el reduccionismo en las ciudades, donde se daba a los niños una educación con carácter evangelizador y el sometimiento a Con trabajos en talleres y cultivos, los guaraníes crearon e implementaron una serie de acciones de resistencia. Revueltas, fugas, suicidios, asesinatos y también la propia hibridación cultural (aprender a leer y escribir en la lengua de los colonizadores ibéricos) resultaron ser importantes estrategias de resistencia en esta primera fase. Estas formas de resistencia fueron muy efectivas y permitieron a los guaraníes perfeccionar su resistencia en los siglos siguientes, al constituir colectivamente, con otros pueblos originarios, un movimiento unificado que luchaba por el reconocimiento legal de sus derechos. Sin embargo, tras las victorias logradas, el hambre voraz de la “serpiente del capital”, que devora la naturaleza y los cuerpos de quienes se interponen en su camino, sigue activa e insaciable. Aun así, los guaraníes de la pampa gaucha existen y resisten con su Ñandereko (forma de ser) en los tiempos modernos.
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dc.identifier.citationSILVA, Lenine Flamarion Oliveira da. Iyambae – o indomável: “a resistência Guarani nos sete povos das missões nos dias de ontem aos de hoje”. Orientador: Itamar Freitas de Oliveira. 2024. 104f. Dissertação (Mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras). Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XVI, Universidade do Estado da Bahia, Irecê, BA, 2024.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/9238
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/4206405575704405
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade do Estado da Bahia
dc.publisher.programPrograma de Pós Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Cultura Negra (PPGEAFIN)
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.rights2Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsGuaraní
dc.subject.keywordsresistencia
dc.subject.keywordsJesuitas
dc.titleIyambae – o indomável: “a resistência Guarani nos Sete Povos das Missões nos dias de ontem aos de hoje”
dc.title.alternativeIyambae – the indomitable: “Guarani resistance in the Seven Peoples of the Missions from yesterday to today”
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
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