Revisão integrativa sobre o uso dos novos anticoncepcionais para pessoas com corpos fálicos: realidade e perspectivas
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Resumo
Atualmente, as opções contraceptivas para pessoas com corpos fálicos são os preservativos, a vasectomia e o coito interrompido. Ensaios clínicos e pré-clínicos estão sendo conduzidos para o desenvolvimento de Novos Anticoncepcionais para Pessoas com Corpos Fálicos (NAPCF), sendo esses contraceptivos hormonais ou não-hormonais. O presente estudo tem como objetivo discutir aspectos socioculturais e perspectivas clínicas acerca do uso dos NAPCF, a partir de uma revisão integrativa de referências no recorte temporal dos últimos 10 anos, disponíveis na literatura científica. As bases de dados utilizadas foram: PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO). Realizou-se duas buscas na base dados, sendo a primeira foi destinada aos aspectos clínicos e a segunda aos aspectos socioculturais envolvendo os NAPCF, da seguinte forma: male AND contraceptive AND clinical; reproductive health AND masculinity AND male contraceptive OR phallic bodies, respectivamente. As variáveis selecionadas para análise dos aspectos clínicos foram: posologia, etapa dos ensaios clínicos, exames laboratoriais, efeitos indesejáveis e interações medicamentosas. Foram selecionados 11 ensaios clínicos para a revisão integrativa dos aspectos clínicos e 4 artigos para a discussão dos aspectos socioculturais. Dos 11 ensaios clínicos selecionados, 8 foram com potenciais contraceptivos hormonais e 3 com contraceptivos não hormonais, sendo 3 deles estudos de fase III. As substâncias testadas nos estudos apresentaram potencial contraceptivo e reversibilidade. Os estudos presentes na abordagem sociocultural mostraram efeitos positivos e promissores na aceitação e no conhecimento contraceptivo orientados pela masculinidade. Os estudos discutidos e revisados destinaram-se a direcionar mais pesquisas futuras que possam suprir suas limitações. Diante dessa temática, o profissional farmacêutico possui um papel importante no acompanhamento clínico desses usuários levando em consideração os aspectos socioculturais, igualdade de gênero e masculinidade.