A caatinga nos documentos coloniais: preconceito geográfico no sertão baiano

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Data
2024-12-19
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Universidade do Estado da Bahia
Resumo

A Caatinga, localizada no sertão baiano, ao longo da história foi estereotipada como algo ruim, seco e longe da civilização. Na televisão, nos livros didáticos e nas obras de literatura, a imagem do chão rachado, dos esqueletos de gado e do sol escaldante, dá significado para quem não é pertencente a esse lugar. Essa imagem em relação à Caatinga tem raízes na colonização, que tece preconceitos, reafirma o sangramento da terra, a exploração dos recursos naturais e a expulsão dos povos originários. Desse modo, a pesquisa objetiva compreender a maneira como a Caatinga é retratada nos documentos coloniais, tensionando o sentido da Mesmidade colonial pela geograficidade e historicidade. Lançamos mão de um dos corpus documentais mais importantes do período de colonização: os Documentos Manuscritos” Avulsos” da Capitania da Bahia entre os anos (1604-1828), contidos no Projeto Resgate. Este acervo consiste em conjuntos de documentos históricos digitalizados e microfilmados pertencentes ao Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) de Lisboa, contendo referências à caatinga. Desse modo, foi utilizado da paleografia para traduzir e analisar as cartas coloniais. Nos trechos encontrados é mostrado de forma descritiva a violência e o preconceito geográfico para com a Caatinga. Nesse sentido, retomar esses documentos coloniais possibilita um importante movimento contra-colonial, mostrando novas abordagens a respeito da caatinga, além de contrapor o imaginário distorcido reproduzido desde a colonização e encravado contemporaneidade.


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Citação
SILVA, Andréia Bonfim da. A caatinga nos documentos coloniais: preconceito geográfico no sertão baiano. Orientadora: Jamille da Silva Lima. 2024. 45f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Geografia) -Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia, Jacobina, 2024.
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