Este estudo ocupou-se da ressignificação de Individualismo apresentada por Oscar Wilde em seu ensaio The Soul of Man, objetivando identificar quais influências literárias e ideológicas fizeram parte desse fenômeno de reconceitualização. Para tanto, foi adotado como método de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, através do estudo levantado no referencial teórico sobre o contexto em que o autor estava inserido – o modo de pensar predominante nos círculos sociais frequentados por ele, intelectuais com quem conviveu, preferências pessoais, formação acadêmica e, principalmente, suas leituras. Foi feita uma reconstituição da trajetória intelectual do escritor no período que se estende desde a educação doméstica administrada em sua tenra idade até o período de escrita do texto analisado, mediante obras de cunho histórico e biográfico - impressas e eletrônicas -, publicações da época e referências a autores e obras, contidas no próprio ensaio em pauta e em escritos de seus contemporâneos, que atestam as relações diretas entre o que o escritor costumava ler e as ideias de emancipação individual que fundamentam seu conceito de individualismo ressignificado. Por meio da análise dessas informações, foi possível perceber como os ideais estéticos dos textos gregos clássicos foram utilizados por Wilde como subsídios teóricos para a projeção de renovação sociocultural que ele apresenta como o futuro incondicional da humanidade. Por meio das informações coletadas e da análise apresentada, foi possível conhecer as influências reunidas na concepção wildeana de individualismo, bem como compreender The Soul of Man dentro do contexto em que esse ensaio foi escrito.