Avaliar a eficácia dos Extratos de Eucalyptus spp. e Syzygium aromaticum contra Colletotrichum gloeosporioides na pós-colheita da manga
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Resumo
A produção global de manga enfrenta desafios significativos devido à antracnose, em especial na pós-colheita causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Contudo, obtemos uma crescente busca por alternativas sustentáveis aos fungicidas químicos, como os extratos vegetais em especial Eucalyptus spp. e Syzygium aromaticum (cravo-da-índia). Porém, torna-se necessários mais estudos detalhados sobre a eficácia das suas propriedades antifúngicas naturais. Este estudo tem como objetivo principal avaliar a eficácia dos extratos de Eucalyptus spp. e cravo-da-índia no controle de Colletotrichum gloeosporioides na cultura da manga durante o período pós-colheita. Pretende-se, ainda, otimizar as concentrações desses extratos para maximizar a proteção contra o fungo e garantir a qualidade dos frutos. O experimento foi conduzido no laboratório de biologia molecular (LBM) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III, Juazeiro, Bahia. Foram utilizados extratos de Eucalyptus spp. e cravo-da-índia obtidos localmente. Os extratos foram submetidos a análises fitoquímicas para identificar compostos ativos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com tratamentos de concentrações 0%, 2%, 4%, 6% e 8% dos extratos, tanto para o in vitro quanto para o in vivo. Foram realizadas análises de inibição micelial in vitro e avaliação do desenvolvimento de Colletotrichum gloeosporioides em frutos de manga inoculados artificialmente, com avaliação dos sintomas de podridão peduncular em diferentes intervalos de tempo após a inoculação. A análise fitoquímica revelou compostos antifúngicos em ambos os extratos. In vitro, o extrato de cravo-da-índia mostrou inibição completa do fungo, enquanto o Eucalyptus spp. teve melhor desempenho a 6%, com 63,22% de inibição. Na pós-colheita, o cravo-da-índia, a 4%, reduziu a infecção para um estado 3, com lesões aquosas mais acentuadas em torno do pedúnculo. O Eucalyptus spp., com 8%, foi mais eficaz, resultando em um estado 2, com pequenas pontuações aquosas superficiais. Conclui-se que os extratos de Eucalyptus spp. e cravo-da-índia são promissores para controlar C. gloeosporioides em mangas pós-colheita, recomendando-se mais estudos para otimizar sua aplicação e integração com outras práticas de manejo.