É hora de brincar! as brincadeiras como potencializadoras na apropriação do letramento

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Data
2018
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Resumo

Este estudo, vinculado à linha de pesquisa Formação, Linguagem e Identidades, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IV, trata das brincadeiras que fazem parte da cultura local de Jacobina – BA, entendendo-as como potencializadoras do processo de alfabetização na perspectiva do letramento. Apresenta como objetivo principal identificar as brincadeiras da cultura popular das comunidades do Itapicuru e Tombador, inserindo-as no contexto escolar e nas práticas pedagógicas, através de projeto de intervenção pedagógica, criado coletivamente na Escola Municipal Agnaldo Marcelino Gomes (EMAMG), no município de Jacobina – BA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa pautada nos pressupostos da pesquisa-ação, desenvolvida em três etapas, a saber: a) revisão de literatura das categorias brincadeira, cultura, cultura popular, identidade, alfabetização e letramento; b) entrevista narrativa com treze moradoras/es das referidas comunidades e com oito crianças estudantes do terceiro ano da EMAMG, a fim de conhecer as brincadeiras da história local e sua relevância para a vida delas, e c) rodas de estudos na EMAMG com as/o professoras/or, coordenadoras e diretora, a fim de reflexão sobre a importância das brincadeiras infantis da cultura popular no processo de alfabetização. Como embasamento teórico, levaram-se em consideração os estudos dos seguintes autores: brincadeira: Sousa Rosa, Brainer & Cavalcante (2012), Dohme (2011), Bomtempo e Going (2012) e Luckesi (2002, 2005); cultura e cultura popular: Geertz (1989) e Santos (2008); identidade: Hall (2006, 2014), Woodward (2014), Rios (2011) e Castells (2008); alfabetização e letramento: Cabral e Pessoa (2002), Carvalho (2010), Soares (2014 e 2016) e Rojo (2009). Após as narrativas dos/as colaboradores/as, identificaram-se doze brincadeiras como pertencentes à cultura popular de Jacobina: Pia, Amarelinha, Anelzinho, Atirar com Badogue, Bate Caixão, Boca de Forno, Boleado, Correr, Esconde-Esconde, Fazer Brinquedos com Argila, Pião e Pular Corda. Entretanto, detectou-se que essas brincadeiras não fazem parte do contexto da EMAMG, principalmente no Ensino Fundamental, visto que ainda não são compreendidas como estratégias na organização do trabalho pedagógico para as crianças em processo de alfabetização. Após as rodas de estudos, os/as professores/as da referida escola teceram comentários reflexivos para o reconhecimento das brincadeiras da cultura popular local como elemento de aprendizagem da leitura e da escrita na perspectiva do letramento, apontando a possibilidade de inserção das mesmas nas práticas educativas, com base na elaboração de um projeto de intervenção pedagógica, a ser aplicado na EMAMG, no ano letivo de 2019. Através das brincadeiras infantis da cultura popular local, as crianças criam autonomia e representam suas impressões sobre seu contexto social. Ao mesmo tempo, essas brincadeiras fomentam inúmeras aprendizagens psíquicas, motoras e cognitivas na vida da criança, a ponto de possibilitar a apropriação do letramento.


Descrição
Palavras-chave
Cultura popular local, Alfabetização
Citação
LIMA, Daniela dos Santos. É hora de brincar! As brincadeiras como potencializadoras na apropriação do letramento. Orientadora: Denise Dias de Carvalho Sousa. 2018. 267f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade da Universidade do Estado da Bahia, MPED. Departamento de Ciências Humanas – Campus IV. Universidade do Estado da Bahia, 2018.