A epistemologia decolonial e os pressupostos de autonomia Freiriana na formação de professores da EJA: a (re) existência e resistência das culturas negadas
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Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo analisar como a formação de professores, pautada na epistemologia decolonial e os pressupostos de autonomia freiriano, contribui paraa (re)existência e resistência das culturas negadas na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para tanto, propõe-se uma investigação baseada no conceito de epistemologias decoloniais e nas contribuições de Paulo Freire, a partir da obra Pedagogia da Autonomia, com três pressupostos: “não há docência sem discência”, “ensinar não é transferir conhecimento” e “ensinar é uma especificidade humana”, enquanto marcadores possíveis para uma formação de professores intercultural na educação de jovens e adultos. Com isso, buscou-se evidenciar a discussão da relevância do “professor decolonial” enquanto articulador e (de)formador da EJA em ruptura com os silêncios e a invisibilidade das culturas negadas e verificar limites e possibilidades da formação continuada decolonial na EJA, compreendendo a modalidade a partir da necessidade de transformação e justiça social. A pesquisa é documental e de intervenção, de cunho qualitativo e de natureza aplicada, que utilizou como instrumentos de coleta de dados um formulário para leitura sócio cultural e profissional semiaberto a ser aplicado com os docentes, tendo como produto cartas pedagógicas dos docentes produzidas no trabalho de campo. A perspectiva é de que com o procedimento seja possível investigar uma possibilidade de interlocução político-formativa entre coordenador-formador e professor e que, por consequência, viabilize o empoderamento dos sujeitos na educação de jovens e adultos, por meio dos círculos de cultura freireano a serem implementados com os estudantes, na perspectiva de estruturar momentos de cultura que potencializam aulas mais participativas para as turmas. A pesquisa foi realizada em uma escola pública na capital do estado da Bahia, com a perspectiva de questionar de que modo a formação de professores, pautada na epistemologia decolonial e nos pressupostos de autonomia de Paulo Freire, contribui para a (re)existência e resistência das culturas negadas na EJA.