Este estudo aborda a relevância das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na economia brasileira, analisando criticamente os desafios implicados a essas organizações diante do avanço da tendência neoliberal na fase vigente do capitalismo. A pesquisa se caracteriza pelo uso do método bibliográfico. Pensando no papel que têm as MPEs para o fortalecimento do tecido social e econômico, a questão norteadora investiga como os entraves derivados de processos econômicos marcados pelas políticas neoliberais, apesar de impulsionarem a propagação das MPEs, estabelecem restrições quanto ao desenvolvimento e crescimento das mesmas. Nesse sentido, discute-se fatores determinantes para o fracasso das MPEs, com ênfase no ambiente externo, incluindo dificuldades de adaptação tecnológica, concorrência desigual e falta de suporte governamental. Esses aspectos são analisados em conjunto com a identidade socioeconômica complexa das MPEs e as peculiaridades da região latino-americana, onde condições estruturais impõem desafios específicos às pequenas empresas brasileiras. Os resultados indicam que apesar das iniciativas de incentivo, as MPEs ainda sofrem limitações relacionadas à inserção do país em uma dinâmica global que privilegia o grande capital. A interpretação de tais processos revela que, embora sejam essenciais na economia, as MPEs enfrentam barreiras enraizadas nos moldes do mercado globalizado que acabam por restringir sua competitividade e determinar a perpetuação de desigualdades.