Tem dendê no hip-hop: identidade no cancioneiro do grupo de rap baiano Opanijé
| dc.contributor.advisor | Ramos, Ricardo Tupiniquim | |
| dc.contributor.author | Pereira, Fernanda dos Santos | |
| dc.contributor.referee | Figueiredo, Joabson Lima | |
| dc.contributor.referee | Borges , Flaviane Gonçalves | |
| dc.date.accessioned | 2025-11-10T17:50:15Z | |
| dc.date.available | 2025-11-10T17:50:15Z | |
| dc.date.issued | 2017-08-02 | |
| dc.description.abstract | Em 1974, criada a Universal Zulu Nation, o hip-hop passou a divulgar seus fundamentos – break (dança); grafite (pintura parietal); e rap (estilo musical com duas faces: o DJ, disc-jóquei, fonte do rítmo, e o MC, mestre de cerimônias, o cantor/letrista) –, linguagens artísticas unidas em recusa ao discurso hegemônico e para produzir pontes entre centro e periféria. Contudo, como estilo musical, o rap data da década anterior, quando sound systems animavam bailes nos guetos jamaicanos e seus frequentadores faziam intervenções com vários temas. Devido à crise econômica jamaicana, os pioneiros do gênero migraram para Nova-Iorque, EUA, passando a promover, na periferia negra do Bronx, festas de rua, onde emprestavam o microfone ao público, que improvisava discursos ritmados. Nas décadas seguintes, com a globalização, ícones da cultura negra norte-americana alcançaram internacionalização e o hip-hop, aliados em todo o mundo, assumindo novos significados em cada nova sociedade, sincretizando-se com outras matrizes culturais marginalizadas. Do aporte teórico da Literatura Comparada e dos Estudos Culturais, é possível entender que, na Bahia, o rap, se diferencia, contaminado pela capoeira, pelo Candomblé, pela axé music e, assim, não só se baianiza, como valoriza elementos culturais afrobrasileiros, convertendo-se em mosaico móvel de misturas oriundas de acordos locais, analisadas nas canções “Encruzilhada”, “Eu sou”, “Hoje eu acordei Mulher” e “valeu, Zumbi”, do grupo de rap baiano OPANIJÉ. Por isso, alguns rappers baianos veem a necessidade de reconhecimento de um afro-hip-hop devido às bases rítmicas e religiosas de matriz africana incorporadas às amplas possibilidades musicais do rap e ao aproveitamento poético de narrativas e simbologias do Candomblé como complemento aos motivos e linguagens militantes, algo só existente na Bahia. | |
| dc.description.abstract2 | Created the Universal Zulu Nation in 1974, hip-hop started to divulge its four foundations – break (dance); graphite (parietal paint); and rap (musical style with two faces: the disc jockey, rhythm source, and the master of ceremonies, singer /lyricist) –, artistic languages united in refusal to hegemonic discourse and to produce bridges between center and periphery. However, as a musical style, rap dates back to the previous decade, when sound systems animated dances in the Jamaican ghettos and its regulars made mutitematic interventions. Due to Jamaican economic crisis, pioneers of the genre migrated to New York, USA, promoting street parties at the black district of Bronx, where they lent microphone to the public, who improvised rhythmic speeches. During the globalization of following decades, icons of Americanblack culture achieved internationalization and hip-hop, allies around the world, taking on new meanings in each new society, syncretizing with other marginalized cultural matrices. From the theoretical contribution of Comparative Literature and Cultural Studies, it’s possible to understand that, in Bahia, rap is differentiated, ‘cause contaminated by capoeira, Candomblé, axé music and, therefore, it not only becomes Bahian, but also values Afro-Brazilian cultural elements, becoming a moving mosaic of mixtures originated from local agreements. For this reason, some Bahian rappers advocate the existence of an Afro-hip-hop due to the African rhythmic and religious bases incorporated into the broad musical possibilities of rap and to the poetic use of Candomblé narratives and symbologies as a complement to the militant motifs and languages, something typical of Bahia. | |
| dc.format.mimetype | application/pdf | |
| dc.identifier.citation | PEREIRA, Fernanda dos Santos. Tem dendê no hip-hop: identidade no cancioneiro do grupo de rap baiano Opanijé. Orientador: Ricardo Tupiniquim Ramos. 40f. Trabalho de conclusão de curso. (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas) – Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, Universidade do Estado da Bahia, Caetité-BA, 2017. | |
| dc.identifier.uri | https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/10003 | |
| dc.language.iso | por | |
| dc.publisher | Universidade do Estado da Bahia | |
| dc.publisher.program | Colegiado Letras língua Portuguesa e Literatura | |
| dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | |
| dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | |
| dc.rights2 | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | en |
| dc.subject.keywords | Rap | |
| dc.subject.keywords | Identidade cultural | |
| dc.subject.keywords | Bahia | |
| dc.subject.keywords | Grupo Opanijé | |
| dc.title | Tem dendê no hip-hop: identidade no cancioneiro do grupo de rap baiano Opanijé | |
| dc.title.alternative | There's palm oil in hip-hop: identity in the songbook of the Bahian rap group Opanijé | |
| dc.type | info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |