Emília e Tia Nastácia: vozes e silêncios e o leitor ontem e hoje
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Resumo
As questões étnico-raciais tomaram grandes proporçõesnas discussões em todos os âmbitos na sociedade, dentre eles, o escolar, diferentementeda mentalidade e relações sociais em outros contextos, como exemplo do tempo lobatiano no início do século XX, em que as relações de desigualdade sociais e estereótipos sobre o negro eram aceitas comonaturais. Dessa forma, este trabalhodiscute sobre a literatura, a criança, a importância da leitura e do imaginário e tem como objetivo ―investigar‖ como é construído o preconceito nas vozes de Emília e nos silêncios de Tia Nastácia nas obras lobatianas Memórias da Emília (2009),Histórias de Tia Nastácia (2002) e O Minotauro (2003),observando as formas como essas construções podem influenciar o leitor, discutindo o papel do professor mediador, para tanto, foram analisadas as falas e posicionamentos das personagens na obra, assim como foram analisadas expressões que conotam o preconceito e, diante desse olhar sobre a história e literatura, discutimos as relações dos sujeitos com suas épocas e consequentemente a mudança no olhar do leitor contemporâneo, considerando que não conseguimos nos despir das pertinências ideológicas do nosso tempo. Para tanto, naconcepção de literatura, literatura infanto-juvenil e sua importância para o imaginário balizamos a pesquisa emCULLER(1999), COMPAGNON (2001), HELD (1980)ZILBERMAN (2003); na recepção do leitor, contribuem para o estudo ISER (1983) e JAUSS (1994);para demonstrar as questões identitárias e de sujeito HALL (2009) e MUNANGA (2006); BAKHTIN (1998) contribui com a concepção dialógica; o sujeito imbuído das questões sociais e DELEUZE (s/d).