Esta monografia – estruturada em dois capítulos – analisou a percepção dos e das estudantes do terceiro ano do ensino médio do Colégio Polivalente de Conceição do Coité, Ba com relação à atuação das mulheres dentro da história a partir da consciência histórica. Participaram desta pesquisa dez discentes. O livro didático utilizado pela turma tem como título História: das cavernas ao terceiro milênio de Patrícia Ramos Braick e Myrian Becho Mota. Dentro do primeiro capítulo, para a fundamentação do conceito de Consciência Histórica e Didátia da História utilizamos autores como Luis Fernando Cerri (2011); Para a discussão sobre aprendizado histórico Jörn Rüsen (2011) trouxe excelentes debates; Maria Auxiliadora Schmidt (2009) contribuiu para a pesquisa ao mobilizar o conceito de literacia histórica; e Cristiane Bereta da Silva (2007) e Eloisa Caimi e Letícia Mistura (2015) foram de suma importância para traçar um histórico do livro didático. Para o segundo capítulo como método foi escolhida a técnica de grupo focal, onde dez estudantes foram convidados para responderem algumas questões. Num primeiro momento foi distribuído para eles e elas um questionário que conteve doze questões. Numa fase posterior, as primeiras quatro perguntas do questionário foram lançadas para serem discutidas por todos e todas, e gravadas com as devidas autorizações. Buscamos também perceber a possível influência que outros meios para além das aulas de História como internet, livros, programas de tv, músicas e série podem ter para a formação dessa consciência. Mediante tais dados, pôde-se ter como resultados que as ideias que os estudantes carregam sobre a atuação das mulheres na história perpassam por representações que as colocam em papeis característicos do passado cristalizado, outros conseguem fazer uma ligação do passado com o presente, caracterizando-se pela mudança de perfil das mulheres na atualidade e outros numa relação de passado, presente e futuro em que as mudanças sempre estarão acontecendo de forma dinâmica no tempo. Assim, a escola e as aulas de história não podem ser tomadas como sendo o único local de formação e conhecimento que esses jovens têm acesso. Outros meios e espaços também influenciam de maneira direta na forma como lidam e constroem o conhecimento histórico e eles precisam ser levados em conta quando se investiga a constituição da consciência histórica dos e das estudantes.