Sou marginal, e daí? O potencial formativo do Graffiti: das ruas à sala de aula

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Data
2018-07-30
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UNEB
Resumo

O trabalho apresenta uma investigação acerca do potencial formativo do graffiti a partir de processos artísticos desenvolvidos com estudantes da rede pública do ensino médio no contexto da cidade de Paulistana-PI no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). Propôs trabalhar com o suporte narrativo de alguns artistas no intuito de construir uma análise empírica e conceitual no tocante ao objeto de estudo, partindo das considerações dos sujeitos produtores para, posteriormente, resultar na experimentação do processo formativo de um workshop de graffiti com o público estudantil. Para tanto, foi utilizado como principal arquétipo o exemplo mais próximo à Paulistana, a produção significativa do graffiti nas cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Assim, a pesquisa além de dar visibilidade aos/a artista(s) parceiro(s)/a e à produção dessas localidades, conjecturou experimentar o potencial formativo da referida linguagem partindo da proposição do fazer e pensar sobre a arte e sua criação abordadas de forma contextualizada e significativa, e fundadas na ótica do diverso. Instigou a prática do graffiti em um contexto carente de ações educativas e manifestações artísticas dessa natureza, resultando em produtos diversos. E propõe também uma ação posterior de culminância, uma obra final impressa que se apropria da ideia já conhecida do "Catálogo de Arte" e do "Caderno de Artista, Sketchbook ou Black Book" para compor uma ferramenta de conhecimento sobre o graffiti e um meio de experimentação artística para estudantes da educação básica em uma versão denominada aqui de "Catálogo Criativo". Metodologicamente, a pesquisa partiu de categorias base e algumas subcategorias essenciais na problematização do objeto e das proposições levantadas e foi norteada pelo pensamento teórico de referência Pós-estruturalista/ Pós-critico. Compreendeu uma investigação de caráter qualitativo orientada pelo método narrativo e momentos colaborativos sob a perspectiva da pesquisa-intervenção na materialização do processo formativo. Apresenta duas categorias base com discussões sobre Graffiti e o Potencial Formativo da Arte dialogando com subcategorias que tratam de: cidade; pós-modernidade; relações e representações de poder; educação e diversidade; diferença e marginalização. Tem como referências as ideias dos autores: Néstor Canclini, Vera Pallamin, Gilberto Velho, Milton Santos, Henri Lefebvre, Mario Sergio Cortella, Tomás Tadeu Silva, Herbert Read e Fernando Hernández. Dessa forma, o estudo mostrou no trabalho em campo, tratar-se de uma ação pontual em uma realidade subscrita nas discussões alçadas; comprovou a prática como um meio potente na ação pedagógica, reforçada mediante a proposição da educação estética crítica no tocante à formação pela arte, que neste caso, foi intensificada pelo uso do graffiti enquanto manifestação artística que rompe com um padrão produtivo dominante nas artes por configurar-se uma produção diversa, e no ato educativo, mostrar-se uma abordagem contextualizada e capaz de viabilizar aprendizagem significativa. Apresentou-se ao final, um caminho potencialmente formativo e eficaz no desenvolvimento de uma aprendizagem elucidativa, autônoma e fundada na emancipação do sujeito por considerar o diverso nas artes, na cultura e na estrutura sociopolítica.


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BRITO, Wechila Andrade de. Sou marginal, e daí? O potencial formativo do Graffiti: das ruas à sala de aula. Orientador: Valter Gomes Santos de Oliveira. 2018. 171f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Diversidades)- Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Universidade do Estado da Bahia, Jacobina-BA, 2018.
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