Sylvia Plath entre a redoma de vidro e seus diários: a escrita e a inscrição do sofrimento
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Resumo
Esta dissertação elege como objeto de estudo duas publicações da escritora estadunidense Sylvia Plath, A redoma de vidro (2014) e Diários de Sylvia Plath 1950-1962(2017). Nessas produções literárias, tem-se por objetivo analisar o modo pelo qual a escrita se torna o lugar de confluência do espelhamento entre os significantes e seus significados, refletindo em ser o ato suicida a tentativa de o aparelho psíquico fazer borda ao desamparo, diante da impossibilidade de representação completa dos afetos e vivências traumáticas. No romance A redoma de vidro, analisa-se a forma pela qual a autora tornou ficcionais algumas experiências pessoais. Em Diários de Sylvia Plath 1950-1962, promove-se uma reflexão sobre as demandas dessa escrita confessional, na qual se expõem vivências, conflitos, convívio com a depressão, associados às marcas simbólicas inscritas no sujeito. Para o desenvolvimento deste trabalho, recorre-se a um referencial teórico dos estudos literários acerca da escrita, especialmente com Ruth Brandão, Diana Klinger, Antoine Compagnon, e da psicanálise, com as contribuições de Sigmund Freud e Jacques Lacan acerca dos conceitos de significante, melancolia, depressão e suicídio. São relevantes também as reflexões do campo da filosofia através do pensamento de Michel Foucault e Gilles Deleuze.