Cartografia urbanográfica no sertão do São Francisco: uma proposta infocomunicacional a favor da articulação de novos espaços de arte e educação

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Data
2017
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UNEB
Resumo

O momento de transformação e amadurecimento das relações urbanas requer atenção para as associações através de práticas que não anulem as particularidades de seus componentes. Desenvolver o monitoramento e o armazenamento, assim como a anexação e o compartilhamento, de anotações eletrônicas que compõem o universo da arte urbana é ressalvar a importância de reapropriação dos lugares. Essa manifestação artística, também chamada de urbanografia, comporta elementos comunicativos expressivos que, conjugados com outras interferências, multiplicam as capacidades formativas que contribuem para a proeminência da cidade educadora. Possível tema gerador para a educação, surge como uma oportunidade de emergir associações que buscam contribuir com o aperfeiçoamento das capacidades interpretativas de jovens estudantes. Trata-se da formação perceptiva de visualidades que dialogam com estímulos próximos e distantes ao indivíduo. Elas desenvolvem uma subjetiva rede de saberes, transformando os fragmentos dos espaços urbanos em surpreendentes territórios informacionais. A pesquisa busca alinhar narrativas orais e visuais por meio das mídias locativas, a partir da concepção de uma interface de geolocalização, capaz de proporcionar um mapeamento da urbanografia no Sertão do São Francisco, registrando paisagens metamórficas, expressões de resistência, negações, aceitabilidades e estratégias, com perspectivas de potencializar os fluxos de conhecimento em espaços livres. Revela-se, a partir das particularidades culturais existentes, um estudo sobre a arte urbana e geração de concepções para o desenvolvimento de espaços educativos. Averigua parte do alcance das associações, dos contextos criativos, as experimentações e criticidade que se constroem e/ou se refazem, examinando o papel das dinâmicas de não-humanos. Também, investiga os trânsitos culturais que colidem com as estratégias de grupos hegemônicos, principalmente os que se referem aos comportamentos transgressivos. A partir da elaboração da Cartografia de Controvérsias foi possível alcançar sentidos mais detalhados do fluxo de informação nessa paisagem e cooperar com as discussões que giram em torno da cultura no Semiárido. Para isso, as mídias locativas, isto é, o conjunto de serviços e tecnologias baseadas em localização, proporcionou a expansão dos rastreamentos que encaminhou a abordagem para um entendimento amplo da produção de conhecimentos singulares sobre os lugares e a valorização da memória coletiva. Como substância da cibercultura, as intervenções artísticas em locais públicos passam a receber outros acoplamentos, como mecanismos infocomunicacionais, revelando o seu envolvimento com múltiplas culturas, a sua transmutação sígnica e liberdade para a modelagem de híbridos. Os experimentos executados evidenciaram, entre outras competências, que a aliança entre a urbanografia e as mídias locativas consegue efetuar a neutralização de certas invisibilidades e gerar artifícios educativos que propendem contribuir com a formação de público para as artes.


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BASTOS, Cecilio Ricardo de Carvalho. Cartografia urbanográfica no Sertão do São Francisco: uma proposta infocomunicacional a favor da articulação de novos espaços de arte e educação. 2017. 137 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos) – Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas, Campus III, Juazeiro, 2017.
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