Este trabalho buscou investigar o processo de recepção da obra Cantigas da tarde nevoenta (1955) do poeta Camillo de Jesus Lima tanto pelos leitores críticos da época de publicação, quanto pelos leitores da crítica atual; examina também como essas interpretações atualizam a obra literária dando condição a sua existência e perpetuação. Para tanto, fez-se um recorte temporal que se divide em dois momentos: o primeiro refere-se à fortuna crítica do autor na época de publicação da obra, chamada também de crítica impressionista, que abrange as décadas de 1940 e 1950. Esse material compreende a crítica de rodapé, veiculada em jornais da época como A Tarde e em O Momento. O segundo abarca a crítica especializada na contemporaneidade, para tal recorreu-se a dissertações e livros publicados acerca da obra e do homem Camillo de Jesus Lima. Este estudo é de cunho qualitativo e se utiliza da metodologia bibliográfica e documental. Para fins teórico-metodológicos, ampara-se na Teoria da Estética da Recepção dentro da perspectiva de Hans Robert Jauss (1994) e de outros estudiosos, a exemplo de Zilberman (2015) e Luiz Costa Lima (1979). Sendo assim, acredita-se que esta pesquisa contribui para a divulgação e valorização dos escritos deste importantíssimo escritor, ao facilitar o acesso de mais um trabalho acadêmico àqueles que se interessam pelo tema.