As trajetorias de vida e as experiências formativas escolares dos sujeitos adultos: caminhos da EJA no território de identidade do sisal
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Resumo
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as trajetórias de vida e as experiências formativas escolares dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos do município de Valente-Ba, objetivando conhecer as experiências contadas sob o ângulo do percurso de formação ao longo da vida, evidenciando as práticas formativas inerentes ao itinerário escolar dos estudantes trabalhadores do município de Valente, com base na fenomenologia fizeram-se entrevistas narrativas com 15 estudantes adultos (acima de 24 anos) matriculados nas escolas públicas de Valente em 2018 e 2019, estes são sujeitos que estavam ligados direta ou indiretamente com o trabalho, em especial com a cadeia produtiva do sisal. A partir dos dados do Observatório de Educação de Jovens e Adultos (OBEJA) juntamente com os dados do IBGE, INEP, SEAGRI, IPEA foi realizada análise do contexto histórico-social local e com a contribuição teórica dos autores: Brandão (2002, 1986), Freire (2011; 2002; 2001; 1996; 1992; 1979; 1976), Arroyo (2018; 2016; 2012; 2006; 2005), Gadotti (2007; 2000) sobre suas reflexões a respeito dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos; Di Pierro (2000; 2005), Ferraro (2009), Haddad (2000, 1994), Perez (2013), Paiva (1990, 1987, 1973), que colaboraram nos aspectos históricos da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, assim como Arendt (2001) e Arroyo (2005; 2007; 2012; 2019), Bauman (2007; 2001), Giddens (1991), Frigotto (2012), colaboraram com suas reflexões sobre a modernidade, educação e o trabalho na trajetória dos sujeitos pesquisados. Durante as narrativas foram evidenciados quatro temas centrais elegidos como categorias que foram analisados, são eles: o estudo na infância; o trabalho; o retorno ao estudo; e os sonhos dos sujeitos. Nesta dissertação ficou evidente que: os estudantes abandonaram a escola precocemente, que eles têm, em sua maioria, pais analfabetos ou que tiveram ínfimo acesso a escolarização; a necessidade de trabalhar e as dificuldades de acesso à escola, foram as principais influencias no abandono precoce; o que motivou o retorno foram as necessidades de uma melhor comunicação, acesso a informações para almejar a melhores colocações nos postos de trabalhos; e que a maioria tem um sonho de concluir os estudos e proporcionar boas condições de vida aos familiares.