Educação profissional integrada na rede pública estadual da Bahia: desafios da construção de uma proposta de educação para a classe trabalhadora
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Resumo
O presente trabalho se insere no debate sobre a educação profissional no Brasil e tem, como objetivo principal, analisar os desafios da construção da proposta de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio (EPI) na Rede Pública Estadual da Bahia. Discutiu-se a relação Trabalho e Educação nos sentidos filosófico, histórico e político para se compreender a base da divisão social do trabalho que se reflete na educação profissional. Através da análise da história da educação profissional no Brasil e na Bahia, buscou-se identificar as disputas pela educação dos trabalhadores e o desafio da integração. Também se apresentou algumas dimensões da Rede Pública de Educação Profissional da Bahia no período de 2007 a 2014, sua estrutura políticaadministrativa, seus princípios e os números de sua expansão. A metodologia utilizada baseouse na dialética materialista, como procedimentos, foram realizados: levantamento e tratamento da literatura pertinente aos temas tratados; levantamento e análise de documentos que regulam a educação profissional no Brasil e na Bahia e pesquisa de campo. O lócus da pesquisa foi o Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana de Salvador, onde foram realizadas observações, coleta de documentos, entrevistas com a equipe gestora e aplicação de questionários com professores e estudantes. Constatou-se o grande investimento por parte do Governo do Estado para subsidiar a proposta de EPI, mas verificaram-se no CETEP-RMS questões que desafiam a construção da proposta, como: desconhecimento da proposta pelos estudantes; falta de professores para as disciplinas técnicas específicas; pouca utilização dos laboratórios e dificuldades para realização de estágio. Por outro lado foram identificadas no Centro atividades que refletem a proposta de formação integral e assinalam a possibilidade de concretização dos princípios defendidos para a educação da classe trabalhadora. Assim, conclui-se que a proposta de Educação Profissional Integrada é um desafio epistemológico, histórico, político e pedagógico.