O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise do rap indígena, a partir de suas múltiplas possibilidades educativas em sentido decolonial. Busca-se entender como práticas interculturais constituem potência crítica em relação a projetos globais e imperiais. Os conceitos de dinâmica cultural e interculturalidade são mobilizados para evidenciar os processos de reelaboração simbólica do lugar dos povos indígenas na contemporaneidade e na história da formação da sociedade brasileira. Para isso buscamos descrever e interpretar as performances de um grupo e dois artistas, evidenciar os sentidos de suas narrativas como diálogos interculturais que apontam para o reposicionamento dos povos indígenas e seus significados na contemporaneidade.