Este Trabalho revisita a história da prostituição no bairro Pingo do Caju, em Saúde (Bahia), nas décadas de 1960 e 1970, combinando pesquisa acadêmica com resgate memorial e fotográfico. A obra, inspirada também na literatura de Jorge Amado, como Tieta do Agreste, busca dar visibilidade às mulheres marginalizadas da época, expondo a complexidade de seus papéis sociais e os preconceitos enfrentados. Durante a pesquisa, surgiram mais perguntas do que respostas, especialmente sobre as transformações nas vidas dessas mulheres e a estrutura social patriarcal da época. Escrever sobre o tema foi desafiador, exigindo o uso de nomes fictícios para preservar identidades e evitar conflitos, dada a sensibilidade e os valores conservadores da sociedade local. O estudo destaca como a prostituição, ao ser abordada, torna visível realidades antes ocultas, promovendo reconhecimento e valorização das histórias dessas mulheres. Ressalta também a influência da classe social na moralidade e nas oportunidades, como o casamento legal, muitas vezes inacessível às camadas mais pobres. Por fim, o autor expressa gratidão às pessoas que contribuíram com o trabalho e ressalta a importância de narrar essas histórias como forma de resgate histórico, empoderamento feminino e contribuição à formação acadêmica e social.