Sócrates: a transição filosófica da physis à pólis
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Resumo
O trabalho aqui presente possui como objeto a transição da filosofia naturalista à filosofia moral socrática principalmente a partir dos escritos de Platão, dos textos de Xenofonte e, de modo suplementar, nos testemunhos diretos e indiretos preservados nas obras de filósofos e outros autores; bem como objeto de pesquisa os aspectos comuns à filosofia socrática, presentes em ambos autores citados, que possibilitaram o prevalecer do filosofar de Sócrates sobre outras maneiras de pensar da época. Apoiando-se a pesquisa, ademais, nos trabalhos de especialistas, comentarias, classicistas e helenistas modernos dedicados ao estudo do Período Clássico. O objetivo do trabalho, por sua vez, é elucidar os motivos pelos quais houve a transição dos estudos filosóficos da natureza para a filosofia moral que teve início com o filósofo Sócrates; apresentando as críticas para mudança de pensamento que levou a filosofia a outros campos, isto é, ao estudo de temas relacionados à natureza humana, ao homem grego, à política, à ética, à retórica e, em especial, a areté (excelência moral ou virtude)representada essencialmente pela justiça, coragem, sabedoria e a temperança; ou seja, temas comuns no pensamento e vida dos filósofos socráticos culminando numa via para elevação do ser e a busca pela perfeição do indivíduo, abrangendo a cidade, a pólis grega. O segundo objetivo é abordar certos elementos ligados interna e externamente a filosofia moral socrática que possibilitaram a ascensão e o impacto do socratismo no século de Péricles. A tese traz, por conseguinte, entre outros temas: uma sucinta exposição e contextualização do pensamento grego em suas origens com os poetas e os mitos; o surgimento da filosofia da natureza como resposta racional à corrente mitológica; as críticas e considerações de Sócrates sobre o mito e a filosofia da natureza; as causas que deram início e promoveram à educação sofista; e, por fim, como o socratismo suplantou o movimento dos sofistas.