Recorte epidemiológico das ISTS na microrregião litoral norte e agreste baiano e intervenção para a educação em saúde, em uma escola estadual
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Resumo
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) foram responsáveis por acometer aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil, em 2019. São patologias causadas por microrganismos, como vírus, bactérias e protozoários, o que afetou indivíduos em diferentes fases do desenvolvimento humano e apresenta formas clínicas variadas. Quando não tratada adequadamente, são responsáveis pelo quadro clínico da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e causar óbitos. A microrregião Litoral norte e Agreste Baiano (LNAB) abrange vinte municípios e uma população de 553. 914 habitantes. Para esse trabalho, utilizou se a estatística descritiva e pesquisa aplicada como método, com recomendações nos campos da educação e gestão da saúde. Utilizamos os dados epidemiológicos dos municípios que integram a microrregião LNAB, disponíveis nas bases da Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da secretaria de saúde do estado da Bahia, Indicadores e Dados Básicos do HIV/AIDS dos Municípios Brasileiros e TabNet/Datasus, do Ministério da Saúde (MS) e tabulados no programa Excel 2013. Os percentuais de casos foram obtidos considerando diferentes universos de dados e as médias obteve-se a partir da relação entre a totalidade dos casos e o número de municipios que fazem parte da microrregão LNAB, e demais medidas centrais a partir do número de casos mais frequentes, a analise do décimo e décimo primeiro termo do conjunto dos municípios e o desvio padrão como medida de dispersão. Assim, realizou-se uma intervenção pedagógica com aula expositiva e dialogada com cinco momentos diferentes, com enfoque nos aspectos da transmissibilidade, prevenção e apresentação do cenário epidemiológico de Alagoinhas. Os dados relativos aos conhecimentos prévios foram colhidos através de questionários estruturados e analisados com o programa estatístico Excel 2013. Na microrregião LNAB, foi registrado 1970 casos e, em Alagoinhas, 962 casos, entre 2008 e 2022. A IST mais prevalente na microrregião foi a Sífilis gestacional, com 563 casos e sífilis adquirida, com 436 casos. Em Alagoinhas foi registrado 962 casos, destes, sendo HIV/AIDS com o maior quantitativo, com 233 casos. No entanto, é a sífilis em suas três formas clinica que perfaz o maior percentual, consequentemente, demandando maiores esforços para erradicá-las. As ISTs afetam 4,83% da população desta microrregião e 0,61% da população deste município. A IST com maior contribuição para o estado da Bahia foi a hepatite A, com 4,5% dos casos. Alagoinhas contribuiu com 48,83% dos casos para a microrregião. O público alvo das IST’s são jovens e adolescentes, com idade entre 15 e 29 anos, heterossexuais de ambos os sexos, com ensino médio completo e se autodeclaram pretos (a)/pardos (a), em sua maioria, mulheres. Na microrregião LNAB, todas as IST’s variaram acima da média e as médidas centrais indicaram que as IST’s não estão relacionadas entre si e foi em HIV/AIDS e sífilis gestacional em que houve o maior desvio padrão, variando no intervalo entre -33,71 e 68,61 e entre -13,19 e 69,49, respectivamente. E o menor desvio foi em sífilis adquirida, com Dp igual a zero, indicando estabilidade. As campanhas realizadas pelo MS se mostraram ineficientes, sendo necessário outras estratégias e formas de comunicação. Os estudantes demontraram que há lacunas no conhecimentos sobre os tipos de IST’s e as formas de prevenção. Contudo, a ação pedagógica realizada no Centro Territorial de Educação Profissional do Litoral Norte e Agreste Baiano se mostrou positiva no esclarecimento das questões relacionadas à transmissibilidade e no método preventivo. Fatores como a falta de informações, o grupo social que os estudantes têm como referência e o não uso do preservativo foram os motivos citados, responsáveis pelos números de casos na microrregião LNAB.