Uso de peixes taxidermizados e outras ferramentas educativas para crianças com Transtorno do Espectro Autista: um relato de experiência
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Resumo
A crescente redução da biodiversidade ictiofaunística exige estratégias de educação ambiental que aliem conservação e engajamento social. Nesse contexto, a Taxidermia, técnica de preservação de organismos para fins científicos e didáticos, surge como uma alternativa inovadora e eficaz para o ensino de conteúdos relacionados à biodiversidade aquática. Este trabalho propôs estimular o interesse pela conservação da ictiofauna e preservação do meio ambiente para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em duas escolas municipais de Paulo Afonso – BA. Com isso, foram realizadas duas oficinas que contaram com a participação de 20 crianças numa faixa etária entre 7 e 13 anos. As oficinas se dividiram em duas etapas principais: Explanação teórica e Prática. A explanação teórica fez uso de datashow, onde foram selecionados vídeos, além da produção de slides lúdicos. Ao passo que a prática utilizou materiais como massa para biscuit, moldes de silicone em formato de peixes, tinta acrílica para tecido, cola quente, argolas e elos de metal, imãs, vaselina e pincéis, tendo como produto final ímãs de geladeira e chaveiros. Contou-se com a participação de 15 meninos e 5 meninas, que cantaram, repetiram frases de efeito que trouxemos nos slides, e demonstraram interesse em tocar nos peixes e saber mais sobre eles. Embora todos possuam o diagnóstico de TEA, cada um era singular à sua maneira, não só em questão de personalidade ou níveis de suporte. No geral, as crianças foram bastante receptivas, interagindo durante todos os momentos das oficinas, alguns mais que outros. Houve aqueles mais entusiasmados por já terem contato com a pesca. Ao final, os produtos foram registrados por meio de fotografia, sendo: 38 peixes em massa de biscuit, distribuídos entre 13 imãs e 25 chaveiros. Observou-se, portanto, que, ao integrar os campos da Engenharia de Pesca e da Educação Ambiental com ênfase na inclusão, trabalhos dessa natureza podem contribuir significativamente para crianças com TEA, promovendo o desenvolvimento de sujeitos críticos, participativos e conscientes da importância da preservação dos recursos naturais.