Percepções e estratégias adotadas por profissionais de enfermagem diante da morte e do morrer em pediatria: uma revisão integrativa
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Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar as evidências científicas sobre as percepções e estratégias adotadas por profissionais de enfermagem diante da morte e do morrer no contexto pediátrico hospitalar. Trata-se de uma revisão da literatura do tipo integrativa, de abordagem qualitativa e característica exploratório-descritiva, que seguiu as etapas propostas por De Sousa, Bezerra e Egypto (2023). A busca foi realizada nas bases BVS, SciELO e PubMed/MEDLINE, utilizando descritores controlados em português e inglês. Foram incluídos artigos originais, qualitativos, publicados entre 2015 e 2025, resultando em uma amostra final de 12 estudos. A análise dos dados foi conduzida pela técnica de Análise de Conteúdo do tipo Temática de Bardin e a qualidade metodológica dos estudos foi avaliada por meio do checklist CASP (Programa de Competências em Avaliação Crítica ). Os resultados apontaram duas categorias principais: “Percepção da morte infantil”, marcada por sentimentos de injustiça, impotência, sofrimento e despreparo, e “Estratégias de enfrentamento”, que se dividem entre defensivas, como o distanciamento emocional, e construtivas, como o apoio entre colegas e a espiritualidade. Observou-se que a morte infantil é percebida como uma experiência profundamente dolorosa e desafiadora, que exige do enfermeiro não apenas competência técnica, mas também preparo emocional e suporte institucional. A avaliação metodológica revelou boa qualidade nos estudos analisados, embora com fragilidades relacionadas à reflexividade e à profundidade interpretativa. Conclui-se que a compreensão das vivências e estratégias adotadas pelos profissionais da enfermagem diante da terminalidade pediátrica é essencial para o fortalecimento da humanização, da resiliência e da saúde mental no trabalho, além de subsidiar políticas institucionais e programas de formação continuada voltados ao cuidado integral e ao enfrentamento da morte na prática da enfermagem.