Uso do sistema brasileiro de escrita das línguas de sinais – ELiS no processo de letramento de crianças surdas em uma escola pública municipal de Juazeiro-BA e outra de Curaçá-BA
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Resumo
O senso escolar 2016 aponta que o quantitativo de alunos e alunas com surdez matriculado em escolas de ensino regular tem aumentado, consideravelmente, nos últimos anos. Além disso, estudos anteriores têm constatado que a escrita desse alunado tem se mostrado como um dos principais desafios enfrentados por esse público e seus professores. Apesar das legislações atuais assegurarem direitos linguísticos específicos em relação àqueles que apresentam essa característica, como, por exemplo, o direito a educação bilíngue e a inclusão da Libras como disciplina curricular, a concretização desses direitos ainda encontra-se em um processo lento de implementação. Quanto à escrita dessa língua, o Brasil ainda não adotou legalmente nenhum sistema de escrita, todavia, desde o ano de 2008, após verificação prática, o Sistema Brasileiro de Escrita das Línguas de Sinais (ELiS), vem sendo utilizado. Diante do exposto, esta pesquisa tem como objetivo geral, investigar o processo de adoção do sistema ELiS, no letramento de crianças surdas em duas escolas públicas municipais, sendo uma de Juazeiro- BA e outra de Curaçá- BA. As principais bases teóricas dessa pesquisa foram Barros (2008), como principal fundamento para a ELiS, e as discussões sobre a educação de surdos; a aquisição da linguagem de Quadros (2008); e os letramentos sociais de Street (2014). A abordagem da investigação foi de caráter qualitativo do tipo estudo de caso, conforme Yin (2005). Para a coleta de dados foram adotados os seguintes instrumentos: observação direta, diário de campo, câmera de vídeo/fotos e gravador de áudio. Seguindo a sugestão apontada por Yin (2005), quando se trata de casos múltiplos, ou seja, o estudo de caso composto por mais de um caso, pode-se realizar a descrição de caso. A construção dos textos descritivos se deu em conformidade com as categorias criadas a partir dos dados, usando citações diretas, fruto das entrevistas transcritas (MORAES, 1999). A partir dessa pesquisa, consideramos que o ensino da Libras em sua modalidade escrita através da ELiS deve fazer parte da formação dos professores/instrutores de Libras, pois essa institucionalização, poderá colaborará para o desenvolvimento de novas práticas de letramento(s) escolar(es) específicos para crianças surdas, contribuindo para a formulação de políticas públicas de ensino para crianças surdas; fomentando ainda novas pesquisas na área do letramento dessas crianças considerando a ELiS.