O estranho e a (des) naturalização da opressão em Antonio Carlos Viana

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade do Estado da Bahia
Resumo

Tendo em vista que os processos simbólicos que naturalizam ambientes opressivos e sentidos negativos para certas categorias sociais perpassam pela linguagem, este estudo investiga se a repetição dos sentidos opressivos imprimidos no estranho na obra de Antonio Carlos Viana é um auxílio nos processos de naturalização da opressão ou se esta repetição pode desferir cortes às séries de dominação. As teorias de Zygmunt Bauman e de Sigmund Freud em torno do estranho e as teorias marxistas em torno do fetiche da mercadoria são valiosas para observar as variadas concepções de estranho e as suas relações com a linguagem. As teorias de Giorgio Agamben subsidiam o questionamento ao pertencimento e às essências forjadas para o homem, além de oferecer alternativas para o descentramento das redes de dominação. Através de uma abordagem híbrida, conforme Carlos Magno Gomes, em que serão igualmente elencadas as perspectivas teóricas de Osmar Moreira, o instrumento utilizado para esta leitura é a Crítica Cultural, pois ela parte de um princípio contra-¬hegemônico, possibilitando o desmonte dos sentidos discriminatórios atribuídos às categorias minoritárias. Como corpus desta pesquisa destacamos seis contos: “Nadinha”, “Meu Tio Tão Só”, “Herança” e “Vá, Deralda” presentes na obra O Meio do Mundo e Outros Contos (1999); “Barba de Arame” e “Duas coxinhas e um guaraná”, presentes nas obras Aberto Está o Inferno (2004) e Cine Privê (2009), respectivamente. Concluímos que a opressão se consolida através da linguagem e a literatura vianiana é uma grande aliada na desnaturalização da opressão. Assim, esta pesquisa contribui para a destruição de conceitos transcendentais e viabiliza a percepção da literatura como uma ferramenta de combate aos discursos opressivos.


Descrição
Palavras-chave
Citação
ALMEIDA, Daisy Souza de. O estranho e a (des) naturalização da opressão em Antonio Carlos Viana. Orientador: Carlos Magno Gomes . 2014. 103f. Dissertação(Mestrado em Crítica Cultural). Departamento de Educação, Universidade do Estado da Bahia, Alagoinhas, 2014.
Palavras-chave