Glocalização da língua inglesa e entrelugaridade: uma reflexão sobre identidade e interculturalidade entre falantes-aprendizes
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Resumo
Com a expansão do idioma inglês pelo mundo e a consequente necessidade de emancipação dos falantes/aprendizes deste idioma, surge a necessidade de refletir sobre as questões relacionadas à identidade e interculturalidade entre falantes/ aprendizes. Além disso, torna-se imprescindível repensar a prática pedagógica do professor de LI para que este venha a desenvolver um trabalho que leve em consideração os aspectos culturais e identitários materializados nas produções na língua falada/aprendida. Neste sentido, este trabalho teve a seguinte questão norteadora: como uma pedagogia glocalizada e intercultural pode favorecer o desenvolvimento dos falantes/aprendizes de LI, de modo que estes se sintam empoderados na língua, se reconheçam como falantes e entendamos traços culturais como algo inerente ao seu falar? O objetivo geral deste trabalho foi sugerir uma pedagogia que favoreça o empoderamento/apropriação da língua pelo falante/aprendiz de LI. Os procedimentos metodológicos se basearam em pesquisa qualitativa, por meio da aplicação de dois questionários destinados a professores ( três professores) e alunos (dez alunos) de uma escola pública na cidade de Conceição do Coité- Ba. Este estudo foi norteado pelas ideias de teóricos como: Bhabha (1994), Kachru (1985), Leffa (2016), Micolli (2010), Moita Lopes (2008), Paiva (2010), Rajagopalan (2006 e 2009) dentre outros. Dois questionários foram aplicados e analisados, possibilitando compreender que a prática do professor de Língua Inglesa deve ser adaptada para a realidade sociocultural na qual se inserem os aprendizes, dado que, a maneira como a língua tem sido ensinada, não permite que os falantes/aprendizes considerem o ensino significante, pois os alunos respondentes dos questionários aplicados na pesquisa demonstraram resumir as vantagens de saber inglês apenas às aplicabilidades práticas da língua no dia a dia e, vêem como algo utópico se reconhecerem como falantes da mesma. Os professores respondentes do questionário, embora nem todos desenvolvam na prática um trabalho a partir da ótica da glocalização do ensino de inglês, demonstraram ter consciência de que uma pedagogia glocalizada é uma perspectiva para a emancipação dos falantes/aprendizes.