As Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) surgem no Brasil em 1993. O grupo feminista luta contra as ordens fundamentalistas que regem diversas instituições, é a favor dos direitos e da liberdade das mulheres, tendo como principal bandeira a descriminalização do aborto. Essa pesquisa nasceu devido ao Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em História, pela Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV. O trabalho tem como recorte geográfico o Estado da Bahia, e como recorte temporal os anos 2000 a 2016. O objetivo geral foi compreender, desde o nascimento do movimento na Bahia, as relações e enfrentamentos vivenciados pelas CDD dentro da Igreja Católica e também fora dela, visto que há uma grande invisibilidade e desconhecimento sobre o grupo e sua trajetória. Foram utilizados os trabalhos da historiadora Scott (1990) para entender os significados em torno do gênero e suas relações de poder, Berth (2019) e Sardenberg (2006) conceituam o empoderamento como instrumento de fortalecimento a partir da Teologia Feminista construída pelo grupo, além dos trabalhos de Brites (2014) e CDD (2003) para compreensão da trajetória do movimento. O trabalho é uma pesquisa qualitativa, que tem como base o cruzamento de fontes escritas e documentais das próprias CDD, como por exemplo seus relatórios e folders, além das fontes orais, através de entrevistas cedidas pelas multiplicadoras na Bahia.