O presente artigo busca apresentar como o processo de transferência da feira livre de Ipirá-Bahia implicou consideravelmente na sustentabilidade dos feirantes ipiraenses, em que ao vivenciarem uma mudança do centro da cidade para um espaço isolado e distante, se encontraram numa realidade desafiadora tanto no que diz respeito ao alocamento realizado, quanto nas condições precárias em que enfrentaram no novo local. Dessa forma, o recorte temporal analisado compreende o ano de 2005, período que antecede a mudança da feira livre, sendo concluída em 2012 com o término das obras no Centro de Abastecimento. A pesquisa se debruça em torno da importância social, cultural e econômica estabelecidas no espaço da feira livre, ressaltando as trocas vivenciadas entre rural e urbano desde aos produtos artesanais e mercadorias comercializadas, como a rede de solidariedades, laços identitários e de pertencimento, bem como os conflitos protagonizados durante esse processo.