Efeito do estresse salino no desenvolvimento inicial de progênies de melão (Cucumis melo l.)
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Resumo
No Brasil, a escassez de água doce em suas regiões semiáridas tem se agravado. Uma solução possível é o uso de água salina de poços tubulares para a agricultura, desde que variedades adaptados a essa água possam ser cultivados. O Brasil é líder na produção de melão, principalmente na região Nordeste, com os tipos amarelos, principalmente híbridos comerciais sendo os mais cultivados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de progênies de melão da variedade momordica na fase de emergência e desenvolvimento inicial, quando submetidas à diferentes concentrações de água de poço tubular e água do Rio São Francisco para produção de mudas. Este estudo foi conduzido na Universidade do Estado da Bahia – UNEB no Departamento de Ciências e Tecnologias Sociais- DTCS, Campus III, Juazeiro-BA. Foram utilizadas sementes de melão de progênies de acessos provenientes da agricultura familiar, semeadas em bandejas de polipropileno em substrato de fibra de coco e em casa de vegetação. Os dados foram coletados diariamente até os 14 dias após a semeadura quando as mudas apresentaram pelo menos uma folha definitiva. As variáveis analisadas foram: porcentagem de emergência das progênies (%E), índice de velocidade de emergência (IVE), área foliar (AF), massa fresca da parte aérea (MFPA) e Massa Seca da Parte Aérea (MSPA) das plântulas. O delineamento foi em blocos casualisados (DBC), com cinco tratamentos (0,06 dS m-¹, 0,64 dS m-¹, 1,22 dS m-¹, 1,80 dS m-¹ e 2,38 dS m-¹) cada um contendo quatro progênies e três repetições. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variañcia e quando significativos as médias foram submetidos ao teste agrupamento de Scott-Knott a 5% de probabilidade,utilizando o programa estatístico AgroEstat. Não houve diferença significativa entre tratamentos em relação a Porcentagem de emergência (%E) e também no Índice de velocidade de emergência (IVE). Houve diferença significativa na área foliar (AF), massa fresca da parte aérea (MFPA) e massa seca da parte aérea (MSPA), onde a água salina na concentração de 2,38 dS m-¹ influenciou negativamente na AF e MSPA e positivamente na MFPA onde os tratamentos com água salina se sobressaíram à testemunha. No tocante às progênies, não houve diferenças significativa para nenhuma das variáveis.