Por compreender que a oralidade é um aspecto importante da textualidade que permeia sobremaneira nosso quotidiano, esta investigação propõe focalizar a temática “oralidade na Educação de Jovens e Adultos” com a finalidade de problematizar proposições para a realização da produção de textos orais norteados pela questão: Como se dão as práticas de oralidade na sala da EJA de uma escola pública no Tempo Formativo III – Eixo VI? O estudo tem como objetivo geral: compreender como se dão as práticas da linguagem oral numa escola pública de Educação de Jovens e Adultos, no Tempo Formativo III – Eixo VI, para que se proponham alternativas didático-metodológicas com vistas a ampliar as competências comunicativas dos sujeitos. E como objetivos específicos: (i) entender qual trabalho com a oralidade é feito por professores nessa turma de Educação de Jovens e Adultos; (ii) reconhecer se este trabalho com oralidade nessa turma da EJA contribui para a construção de competências comunicativas no alunado; (iii) elaborar coletivamente um material didático com alternativas que contribuam para o aperfeiçoamento do processo de competências comunicativas da turma em estudo. Foram atores sociais desta pesquisa os professores da EJA, Tempo Formativo III, Eixo VI, da cidade de São Domingos-Bahia. Para fundamentar esse trabalho, escolhemos focalizar os seguintes eixos teóricos: educação de jovens e adultos e linguagem, centralizando a discussão a respeito dos gêneros de texto da oralidade, da competência comunicativa e da formação de professores. No percurso metodológico, optamos pelos pressupostos teóricos-metodológicos da pesquisaformação de Macedo (2006), (2009) e pela abordagem qualitativa. Para tanto, foram utilizadas as seguintes técnicas: observações in situ, relatórios, questionários e rodas de conversa. A análise interpretativa ocorreu a partir das relações entre as informações produzidas e obtidas no campo de investigações. Os resultados obtidos sinalizam para: o quanto é parco o material didático voltado para a oralidade; a importância dos aspectos identitários e culturais dos alunos na centralidade da discussão, a feitura do trabalho com oralidade sem organização didáticopedagógica específica e o quanto a produção das sequencias didáticas sinalizaram caminhos mais sólidos para as práticas orais. Assim, esta pesquisa aprofundou a compreensão sobre a oralidade na escola e ofereceu suporte teórico-metodológico para o trabalho com a Educação de Jovens e Adultos nesse campo.