Literatura e letramento literário: a experiência do feminino nos contos de autoria indígena nas aulas de Língua Portuguesa.
Data
Autores
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo incentivar à formação leitora crítica dos discentes do 8º C da Escola Municipal Alzira Bela Brandão-Ipirá-Ba, por meio da apresentação de um caderno pedagógico, com enfoque na leitura de contos indígenas de autoria feminina, buscando estimular reflexão crítica sobre a temática indígena e suas contribuições para a formação identitária étnica brasileira, bem como desmitificar as concepções estereotipadas a respeito das comunidades indígenas propagadas por várias gerações. Dessa forma, cumpre requisitos da Lei 10.639/2003, atualizada pela Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da História e Cultura AfroBrasileira e Indígena na Educação Básica, revisando os currículos escolares e as práticas pedagógicas, na tentativa de romper com o silêncio das vozes indígenas invisibilizadas na historiografia oficial. O projeto intitulado Literatura e letramento literário: a experiência do feminino nos contos de autoria indígena nas aulas de Língua Portuguesa traz à seara literária a discussão sobre a temática indígena, elaborada a partir de um projeto específico para o Mestrado Profissional em Letras- PROFLETRAS. As sequências didáticas elaboradas no caderno pedagógico visam proporcionar a inclusão metodológica da temática nas aulas de língua portuguesa, chamando atenção dos docentes para uma abordagem mais consciente sobre a literatura indígena. Esta pesquisa é fundamentada em referências teóricas no campo da crítica literária de Candido (2011), Compagnon (2003), Thiél (2012), na filosofia de Ailton Krenak (2020-2021), Freire (1987- 2019) e Frantz Fanon (2008), na antropologia de Ribeiro(2015), Almeida (2010), no letramento literário, a partir de Antunes (2009), Lajolo (2008)), Dalcastagnè (2005), Cosson (2006-2014), Abreu (2006), Paiva (2007), Silva (2021) e na literatura indígena brasileira, com base em Graúna (2013), Jekupé (2009), Cruz ( 2014), Potiguara (2014), Minápoty (2012), Kambeba (2018) e Munduruku (2018). São consideradas, como documentos fundamentais nesta dissertação, a LDB 9.394/1996 e as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que regem o ensino brasileiro nacional e legitimam a inclusão da temática indígena em todas as etapas da Educação Básica. Os contos indígenas de autoria feminina são identificados no resultado da pesquisa como um instrumento relevante para a formação leitora porque promovem uma discussão sobre o relevante papel da mulher indígena na sociedade e da mulher, de uma maneira geral, no contexto social brasileiro.