O fosfato de Irecê (Bahia): produção e aspectos ambientais
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Resumo
A região de Irecê está localizada no centro norte da Bahia, na bacia do rio São Francisco, pertencente ao polígono das secas, com pluviosidade média de 582 mm anuais, é um nome indígena que significa pela água, à tona d’água, à mercê da corrente. Fazendo juz ao nome, nesta região se encontra uma grande quantidade de água subterrânea que foi armazenada em um processo geológico no relevo cárstico, que é empregada de forma intensa principalmente para a irrigação das culturas e no beneficiamento do fosfato pela mineradora. Este mineral pode ser encontrado pelo mundo em depósitos sedimentares, ígneos e biogenéticos, este em poucas quantidades, sendo o da região estudada, de origem metassedimentar, com extração em primeiro momento em rota a úmido, e posteriormente devido a pouca oferta de água, através da tecnologia de beneficiamento a seco─onde um sopro no minério em queda livre separava o contaminante do fosfato. O mesmo passou a ser processado desta forma por um período, passando depois de alguns anos por outra mudança, visto que o minério com as características ideais tinha se exaurido, e agora o material que poderia ser explotado necessitava de uma reestruturação nos equipamentos e de uma quantidade ainda maior de água, levando a mineradora a paralisar suas atividades, pois a região sofre constantemente com longos períodos de seca, destinando assim, prioritariamente, as suas reservas a dessedentação de pessoas e animais. Ao mesmo tempo começou a haver uma vigilância maior perante o uso dos recursos naturais, com fiscalizações, leis, multas, acordos de responsabilidade, Estudos de Impacto Ambiental-EIA, entre outros, que buscam preservar a biota.