Literatura afrofeminina: marcas da violência em insubmissas lágrimas de mulheres de Conceição Evaristo
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Resumo
Esta pesquisa, tem por objetivo a análise da temática da violência contra as mulheres, verificando como a questão é ficcionalizada nos contos “Natalina Soledad” e “Shirley Paixão” inscritos na obra Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2016) de Conceição Evaristo. Desse modo, pretende-se identificar os mecanismos de violência, silenciamento, subalternização, humilhação, invisibilidade e exclusão contra as mulheres na ficção afro-brasileira de cunho feminino – literatura afrofeminina – que abrangem tanto as representações da mulher negra, quanto a escrita dessa mulher. Bem como, estudar as leis que defendem a mulher e ainda compreender a construção de elementos voltados a escrevivência de Conceição Evaristo, valendo-se das análises interpretativas dos contos. A obra da escritora contemporânea é um retrato de sororidade negra, de uma aliança e empatia entre mulheres. Nessas narrativas, estão fortemente representadas questões econômicas, políticas e sociais pertencentes ao dia a dia das mulheres negras em nosso corpo social. No que tange aos procedimentos metodológicos, essa pesquisa possui uma abordagem qualitativa, e é desenvolvida pelo viés metodológico de cunho bibliográfico. Desse modo, para a realização das discussões pretendidas, primeiramente, iremos compreender a concepção de literatura em Cândido (1985); para conceituar Literatura Negra Bernd (1988); para definir Literatura Afro-brasileira, Duarte (2010). Sobre Literatura afrofeminina, embasemo-nos em Silva (2010), Machado (2012) e Duke (2016); para as discussões referentes ao lugar de fala, Ribeiro (2017) e Spivak (2010); a respeito de feminismo negro, Ribeiro (2018), Tiburi (2018) e Hooks (2014); Teles e Melo (2012) e Saffioti (2011) para elencar acerca da violência contra a mulher; com relação a representação social, Arruda (1998) e Moscovici (2003); por fim, Campos (2011) e Duarte (2011) para descrever sobre a autora e o termo criado por ela “escrevivência”; além de outros autores que são complementares para esse estudo.