Percepções sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais do Brasil.

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dc.contributor.advisorSousa, Laio Magno Santos de
dc.contributor.authorSeixas, Suelen Ribeiro
dc.contributor.refereeGalvão, Nila Mara Smith
dc.contributor.refereeBonfim, Camila Barreto
dc.contributor.refereeDourado, Maria Ines Costa
dc.date.accessioned2025-05-06T12:04:09Z
dc.date.available2025-05-06T12:04:09Z
dc.date.issued2024-06-05
dc.description.abstractIntrodução: As percepções sobre a PrEP são multifacetadas e influenciadas por informações diversas, podendo estar associadas à decisão sobre o início do uso da PrEP. Assim, o objetivo foi descrever padrões de percepções da PrEP e verificar sua associação com o início da PrEP entre adolescentes homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans (TrMT), bem como elaborar um material instrutivo sobre o esclarecimento das percepções que podem estar relacionadas à prevenção por meio da PrEP. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base do estudo PrEP1519, que foi uma coorte de demonstração da efetividade da PrEP oral diária, entre adolescentes HSH e TrMT, com idade entre 15 e 19 anos, residentes em três cidades brasileiras. A presente análise incluiu adolescentes inscritos no estudo de fevereiro/2019 a fevereiro/2023. A análise de classes latentes (LCA, em inglês) foi utilizada para identificar padrões de percepção da PrEP, com base em oito indicadores binários observados, com respostas do tipo concordo ou discordo. A análise de regressão logística foi realizada para estimar odds ratios ajustadas (aOR) da associação entre a percepção da PrEP e o início de uso da PrEP. Resultados: Foram incluídos no estudo 1.477 adolescentes, a maioria foi HSH (91,0%), na faixa etária de 18 a 19 anos (74,5%), autodeclarados com cor da pele preta/parda (72,0%) e, em sua maioria, iniciaram a PrEP em até 30 dias após a primeira consulta (81,4%). A minoria concordou com afirmações (indicadores) que apontavam para uma percepção negativa da PrEP: trata-se do mesmo medicamento para o tratamento do HIV (33,2%), tem muitos efeitos colaterais (26,0%), pode impactar negativamente a imagem de quem usa (24,6%), é exclusiva para HSH ou TrMT (14,0%) e para pessoas com elevado número de parceiros (11,0%), é incômodo tomar medicamentos para prevenção (10,0%), possui interações com outros medicamentos e hormônios (9,0%), e é um inconveniente que a PrEP seja igual ao tratamento do HIV (8,0%). A LCA identificou duas classes de indivíduos com relação à percepção sobre a PrEP: percepção positiva (N =1.348; 93,2%) e percepção negativa (N=99; 6,8%). Na análise multivariada, observou-se que adolescentes com percepção positiva da PrEP tiveram maior chance de iniciar a PrEP (aOR: 2,49: 1,39-4,47), após ajuste por potenciais fatores de confusão. Conclusão: O estudo mostrou que a minoria dos adolescentes concordou com indicadores de percepção negativa da PrEP, bem como a associação entre a percepção sobre a profilaxia e o início do seu uso. Com base nos resultados deste estudo, uma cartilha informativa com informações aos adolescentes sobre o uso da prevenção combinada, com destaque para o uso da PrEP, foi elaborada.
dc.description.abstract2Introduction: Perceptions about PrEP are multifaceted and influenced by different information and may be associated with the decision to start PrEP. Thus, the objective was to describe patterns of PrEP perceptions and verify their association with the initiation of PrEP among adolescent men who have sex with men (MSM) and transgender women (ATGW), as well as to develop instructive material on clarifying the perceptions that may be related to prevention through PrEP. Methods: This is a cross-sectional study with baseline data from the PrEP1519 study, which was a cohort demonstrating the effectiveness of daily oral PrEP among MSM and ATGW adolescents, aged between 15 and 19 years, living in three Brazilian cities. The present analysis included adolescents enrolled in the study from February/2019 to February/2023. Latent class analysis (LCA) was used to identify patterns of PrEP perception, based on eight observed binary indicators, with answers: agree or disagree. Logistic regression analysis was performed to estimate adjusted odds ratios (aOR) of the association between PrEP awareness and initiation of PrEP use. 1,477 adolescents were included in the study. Results: The majority were MSM (91.0%), aged 18 to 19 years old (74.5%), self-declared as having black/brown skin color (72.0%) and, for the most part, started PrEP in up to 30 days after the first consultation (81.4%). The minority agreed with indicators that pointed to a negative perception of PrEP: it is the same medicine for the treatment of HIV (33.2%), with many side effects (26.0%), it can negatively impact the image of those who uses (24.6%), is exclusive to MSM or ATGW (14.0%) and for people with a high number of partners (11.0%), it is uncomfortable to take medication for prevention (10.0%), has interactions with other medications and hormones (9.0%), and it is a drawback that PrEP is the same as HIV treatment (8.0%). The LCA identified two classes of individuals regarding their perception of PrEP: positive perception (N =1,348; 93.2%) and negative perception (N=99; 6.8%). In the multivariate analysis, it was observed that adolescents with a positive perception of PrEP were more likely to start PrEP (aOR: 2.49: 1.39-4. 47), after adjustment for potential confounding factors, in models 1 and 2. Conclusions: The study showed that the minority of adolescents agreed with indicators of negative perception of PrEP, as well as the association between perception of prophylaxis and initiation of its use.Based on the results of this study, an informative booklet with information for adolescents on the use of combined prevention, with emphasis on the use of PrEP, was prepared. Keywords: perception; PrEP; adolescents; men who have sex with men; transvestites and trans women; latent class analysis; Brazil.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.citationSEIXAS, Suelen. Percepções sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais do Brasil. Orientador: Laio Magno Santos de Sousa. 2024. 103 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia, Salvador. 2024.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/8353
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2224488457105318
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade do Estado da bahia
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (MEPISCO)
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.rights2Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordspercepção
dc.subject.keywordsPrEP
dc.subject.keywordsadolescentes
dc.subject.keywordshomens que fazem sexo com homens
dc.subject.keywordstravestis
dc.subject.keywordsmulheres trans
dc.subject.keywordsanálises de classes latentes
dc.titlePercepções sobre o uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre adolescentes homens que fazem sexo com homens, travestis e mulheres trans em três capitais do Brasil.
dc.title.alternativePerceptions about the use of HIV pre-exposure prophylaxis among adolescent men who have sex with men, transvestites and trans women in three capitals of Brazil.
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
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